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Enviada em: 29/10/2018

Segundo a teoria demográfica proposta pelo economista inglês Thomas Malthus em 1798, a população mundial cresceria em uma progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos, em ritmo mais lento, conforme uma progressão aritmética. Contudo, hodiernamente, tem-se que a fome e a pobreza são oriundas da má distribuição de renda decorrentes de políticas públicas deficientes, principalmente em países subdesenvolvidos, como o Brasil. Destarte, em vista dessa realidade se constituir um problema no século XXI, faz-se necessária sua abordagem, bem como a busca de alternativas para solucioná-la.        Nesse sentido, de acordo com o sociólogo Karl Marx, a dominação política, econômica e social das classes que concentram a maior parte das riquezas de uma nação acentua a má distribuição de rendas, acarretando desigualdade social. Dessa forma, as camadas menos abastadas da população não se beneficiam de um direito que lhes é assegurado pela Constituição Federal de 1988 – melhoria das condições de vida, por meio do acesso à saúde e à alimentação, visando à concretização da igualdade entre as pessoas. À vista disso, o subdesenvolvimento deriva desse desequilíbrio social, decorrente da persistência desses entraves na sociedade brasileira.        Ademais, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), menos de 5% da população padecia de fome no período entre os anos de 2002 e 2013 no Brasil. No entanto, apesar da execução de diversos programas de ação social, os quais retiraram quase 40 milhões de pessoas da miséria nas décadas mencionadas, a partir de 2016, em razão da crescente crise econômica e da redução dos gastos governamentais com programas de proteção social, o desemprego e a fome voltaram a assolar várias famílias brasileiras, o que poderá redundar em retorno do nosso país ao Mapa da Fome, afirma Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).        Portanto, é imprescindível evitar o avanço dessa problemática no país. Para isso, faz-se mister que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Trabalho atuem, respectivamente, no direcionamento de investimentos aos programas de combate à fome e desigualdade social, por meio de mais verbas destinadas ao Bolsa Família e ao Fome Zero e na geração de empregos, mediante oferta de qualificação profissional, a fim de que as famílias carentes sejam assistidas e haja a inclusão social dos indivíduos. Outrossim, as ONGs também devem, por meio da coleta de doações de alimentos, auxiliar os desassistidos, além de ministrarem palestras e oficinas para conscientizar os cidadãos. Assim, haverá a possibilidade de acesso aos recursos produtivos e, enfim, a diminuição das disparidades.