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Enviada em: 28/10/2018

Thomas Malthus, economista inglês, elaborou no século XIX , uma teoria que afirmava que a produção de alimentos no mundo crescia de forma aritmética, enquanto o aumento da população se dava de forma geométrica o que resultaria em fome e miséria. Com a Revolução Verde e as iniciativas tecnológicas que transformaram as práticas agrícolas, a teoria de Malthus foi desmistificada. Porém, o cenário da fome perdura intrinsecamente ligada a realidade brasileira, seja pelas disparidades socioeconómicos ou pela inércia do Poder Público.     A desigualdade social é um grande impasse a permanência da fome no Brasil. A recessão economica e suas consequências como o desemprego, diminuição na arrecadação de impostos, cortes nos gastos públicos e dos programas sociais são os responsáveis pelo empobrecimento da população, principalmente na região nordeste, pessoas da zona rural, das periferias e com baixo nível escolar. Segundo o Papa Francisco, os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades.    Além disso, a negligencia do Poder Publico frente a essa situação é indubitável. A constituição Federal assegura a todos os brasileiros o direito a alimentação, entretanto, há uma discrepância entre a realidade excludente vivida por uma parcela da sociedade e o que defende esse órgão jurídico. Embora vários programas sociais criados pelo governo, a exemplo o fome zero e bolsa família, tenham atenuado esse triste cenário, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), aproximadamente 13 milhões de pessoas passam fome no país, o que confirma que a problemática está longe de ser resolvida.    Frente aos desafios enfrentados pelos brasileiros no que tange a fome e a desigualdade social, faz-se necessário, portanto, que o Poder Legislativo aprove projetos de leis que viabilizem benefícios ficais para empresas migrarem para regiões com maiores índices de pobreza, de modo a disponibilizar empregos para população carente. Outrossim, é preciso que o Governo Federal disponibilize maiores subsídios para que o Ministério Publico fortaleça os programas sociais já existentes, seja por meio do aumento de bolsas, seja pela distribuição de cestas básicas, a fim cumprir o seu dever constitucional e promover dignidade e cidadania para todos. Somente assim será possível obter uma sociedade mais justa e garantidora dos direitos de cada indivíduo.