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Enviada em: 30/10/2018

A polarização social acentuada pela carência alimentícia        Os avanços tecnológicos e sociais se tornaram possíveis por inúmeros fatores. Na Pré-História, o período Paleolítico foi superado pelo Neolítico quando a busca constante ao alimento cessou. Com isso, o homem passou a destinar seu tempo a outras questões, resultando em consequentes inovações. No entanto, mesmo no século XXI existem nações assoladas pela fome, em contraste com países que convivem com a abundância. Nesse sentido de polarização, a desigualdade é expandida a demais campos, à medida que necessidades básicas, não sanadas, são barreiras ao desenvolvimento.       Concomitantemente à fome, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) classifica os países de acordo com a disponibilidade das necessidades básicas à população. Nos países com baixo IDH há hegemonia da miséria, bem como falta de liberdade individual. Por outro lado, as federações com altos índices são os ricos e desenvolvidos, os quais compram commodities dos países subdesenvolvidos, aqueles que, ironicamente, apresentam carência de alimentos aos cidadãos. Além disso, visto que os indivíduos dos países subdesenvolvidos se destacam pela baixa renda per capita, quando têm acesso ao papel moeda local o destina à compra de bens alimentícios, à medida que a alimentação é uma necessidade básica de todo homem. Por conseguinte, não há verba suficiente para outras necessidades, como a moradia. Desta forma, há a intensa construções habitacionais em locais inadequados, colocando em risco a vida das pessoas.       Nesse viés, a desigualdade social é vista, não somente no âmbito internacional, bem como no que concerne ao território nacional. O Rio de Janeiro é uma cidade histórica, muito procurada por turistas de todo o globo. Todavia, no seu interior conseguimos destacar uma disparidade socioeconômica, uma vez que do alto do Cristo Redentor o turista observa conjuntos habitacionais precários nos entornos dos morros, as favelas, justamente a apartamentos com um dos metros quadrados mais caros do país no horizonte. Convém ressaltar que tal precariedade serve de fator catalizador à marginalização dos moradores das favelas, ao passo que, no Brasil, persiste certo preconceito.       Portanto, é indelével a relação direta entre fome e desigualdade. Nesse âmbito, a esfera executiva brasileira toma providência acerca disso disponibilizando programas sociais, como o Bolsa Família, cuja finalidade é servir de assistência aos mais necessitados. O filósofo John Locke explora o direito à vida como natural do homem, o qual não se confirma quando existe a fome, que pode levar à morte. À guisa de erradicar a fome no globo, os demais países devem tomar partido, como o Brasil, e disponibilizar programas a fim de assegurar o direito à vida e à alimentação dos seus cidadãos.