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Enviada em: 21/11/2018

Na obra Morte e Vida Severina o autor João Cabral de melo Neto descreve a jornada do retirante Severino que sai do Sertão de Pernambuco em direção a capital de Recife acredita que a vida nessa cidade, na qual presumi que a seca seja mais branda, a vida pode ser melhor. Entretanto, no decorre da jornada o protagonista vai percebendo que a vida é difícil independentemente do lugar ou condições climáticas, revelando uma marcante característica do território brasileiro: a desigualdade social. A desigualdade entre as camadas sociais está presente em todo contexto brasileiro encontrando raízes históricas.     A exploração dos escravos no período colonial e a situação de pobreza extrema presente tanto nas grandes cidades quanto no interior, são exemplos que explicitam o fato de que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Segundo uma matéria do jornal “O Globo”, o Brasil é o décimo país mais desigual do planeta. Essa situação é gerada e agravada pela má distribuição de renda e pela baixa oferta de empregos à população, que afeta a qualidade de vida do cidadão limitando direitos básicos e essenciais como qualidade de infraestrutura na área da saúde ou da educação.     Além disso, o poder público contribui para esse imbróglio. Isso ocorre por meio da má gestão de impostos e a não aplicação do dinheiro público em medidas que diminuiriam, eficazmente, a desigualdade social e auxiliariam a economia. Isso faz com que recursos importantes sejam desperdiçados com ações paliativas do governo que, acabam servindo como pano de fundo para atos corruptos e desvios de verba. Ademais, o governo também contribui para haver uma desigualdade regional. Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) mostra que o peso dos investimentos do governo ainda é muito maior nos estados mais ricos do país. Em consequência disso, áreas como educação e saúde deixam clara a diferença, grandes metrópoles brasileiras do suldeste concentram um maior numero de unidades hospitalares e estabelecimentos públicos de ensino superior, diferentemente de regiões do nordeste do país.     Torna-se, evidente, portanto, que medidas precisam ser tomadas. Para que haja uma eficaz redução da desigualdade social no Brasil, o Governo deve dar suporte ao empreendedor e à reforma no campo, por meio de politicas publicas de incentivo fiscal, gerando, consequentemente, empregos e uma diminuição efetiva na disparidade social. Ademais, em parceira com o Ministério da Educação, por meio de programas de especialização, promover e aprimorar a qualidade da educação pública, além de ampliar o acesso à mesma, por intermédio de politicas de ajuda financeira familiar, para que todos os cidadãos tenham as mesmas oportunidades, visando tornar a sociedade mais igual e mais justa.