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Enviada em: 14/01/2019

Para o filósofo Jean-Jacques Rousseau, a propriedade privada foi a principal condição para a segregação social entre os ricos e pobres. De fato, nas primeiras sociedades a posse de terras foi o estopim para trocas e negócios com o objetivo de garantir a sobrevivência. Embora esteja intrínseco na formação do mundo ocidental, a desigualdade de riquezas, na hodiernidade, ainda prevalece como um problema estrutural da sociedade brasileira.   A priori, é factível ressaltar a colonização portuguesa como percursora da desigualdade no Brasil. A disparidade de tratamento, no início do processo de colonização, se deu pela diferença étnica entre lusitanos e escravos negros vindo da África. Embora a princesa Isabel tenha decretado o fim da escravidão em 1988, o racismo se perpetuou diante da desvalorização da mão de obra negra no mercado de trabalho e,portanto, polarizando o direito à riqueza e às oportunidades entre brancos e negros. Desse modo, a sociedade brasileira foi construída encima da segregação racial e o racismo foi perpetuado a partir da desigualdade social.  Concomitantemente, o aparato governamento, ao longo do processo de consolidação democrático, não priorizou medidas a fim de erradicar a fome e a desigualdade social. Segundo a Constituição cidadã de 1988, todos os brasileiros têm direito à saúde,educação e moradia, todavia, a péssima infraestrutura desses serviços disponibilizados e o descaso com uma população pobre corroboram  para prolongar o cenário de desigualdade de direitos sociais no Brasil. Prova disso é o índice de Gini, divulgado pelo jornal OGlobo, que consta o Brasil como o décimo país mais desigual do mundo. Dessa forma, o Estado tem um papel fundamental de transformar o Brasil mais igualitário a partir de medidas sociais.    Para o sociólogo Paulo Freire, a cultura de paz é a utilização da educação para lidar com o diferente e sanar os problemas. Diante da problemática de desigualdade sociais, no Brasil, a educação é o caminho que oferece o direito do acesso de oportunidades para todos os brasileiros. Sendo assim, cabe ao Governo Federal criar uma reestruturação no ensino básico, médio e universitário ao longo prazo, priorizando uma infraestrutura boa, com docentes capacitados e bem remunerados. Para isso, é necessário que o Ministério da Educação crie um projeto com parceria público e privada para a construção de prédios, realoque recursos para um aumento no salário do docente e também reformule a capacitação do professor com a mudança no método de ensino. Todos essa mudanças são para a modernização do ensino público e para oferecer uma sociedade mais igualitária.