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Enviada em: 16/02/2019

Segundo os dados da ONG antipobreza Oxfam da Inglaterra, em 2018 a riqueza das 26 pessoas mais ricas do mundo corresponderam à riqueza da metade da população mundial mais pobre, cerca de 3,8 bilhões de pessoas. Os dados da Forbes, para o mesmo período, apresentou acréscimo no número de bilionários, ao passo que, a quantidade de pessoas vivendo em extrema pobreza também aumentou. Em meio a este caos de desigualdade, urge uma redistribuição de renda com o intuito de dirimir os efeitos negativos ocasionados pela má distribuição de renda.        Jean-Paul Sartre, filósofo francês, disse que “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem”. É possível vincular esta crítica ao cenário atual, uma vez que, o topo da pirâmide, representada pela parte mais rica, é marcado por uma guerra de ganancia desenfreada. O desejo em conquistar mais riqueza pode ser assistido pelas constantes ameaças entre os países. Um exemplo recente são os problemas enfrentados pelas economias dos Governos norte americano e chinês, sobretaxando milhares de produtos com consequências drásticas, como fechamento de empresas e milhares de desempregados, tudo isto para que um determinado grupo possa aumentar suas margens de lucro. Já no Brasil, é possível notar uma constante cooperação do Governo para com as empresas, por meio de incentivos fiscais, isenções de impostos e financiamentos de projetos, como o próprio BNDES, todavia, a classe mais pobre convive com aumentos na carga tributária e a utilização de serviços precários quanto à saúde, educação e saneamento.        Outrossim, o relatório da Oxfam atesta que em 2018, se uma pequena parcela de rendimentos dos mais ricos fossem dedicadas às causas sociais, seria possível acabar com a fome do mundo em 7 vezes, bem como incluindo todas as crianças sem acesso a educação, em escolas. É importante salientar uma informação da Forbes que, a maior parte de toda riqueza gerada anualmente está direcionada a este grupo seleto, o que permite entender que a desigualdade de renda, além de persistir, tende a aumentar nos próximos anos.        Portanto, são notórios os efeitos negativos da desigualdade social, e, com tanta abundancia de riqueza, é ilógico milhares de pessoas, em pleno século XXI, passarem fome. Assim, é imprescindível a atuação dos Governos em escala mundial, a fim de acabar com o direcionamento de verbas para as grandes empresas e reverter estes valores em ações voltadas à sociedade, inclusive com a criação de restaurantes comunitários nas cidades, criação de benefícios como vale compras para família carentes e também elevando o salário mínimo, com o intuito de acabar com a fome e minimizar os efeitos da desigualdade social.