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Enviada em: 09/03/2019

''Para quem tem posição social e dinheiro, falar de comida é bobagem.'' A frase do dramaturgo alemão Beltort Brecht aludida anteriormente correlaciona-se com a contradição vivida por milhares de cidadães famintos em situação de miséria no mundo contemporâneo. Dessa forma, os fatores que agravam o tópico da fome em detrimento das discrepâncias sociais que, concomitantemente, agravam a situação mundial necessitam ser explicitados. Inicialmente, é relevante abordar a situação das desigualdades no planeta, comumente, sendo a principal delas a de renda possibilitando a intensificação da fome e da pobreza mundial. Em reflexo de tais disparidades de acordo com IPEA em 2018, 1% da população brasileira  rica concentra uma renda de até 23% do PIB da nação consequentemente, 7% da população deste mesmo país vive em situação de extrema pobreza de acordo com o IBGE do mesmo ano evidenciando, dessa forma, a necessidade de uma redistribuição visando a equidade. Cabe reconhecer também que em detrimento das desigualdades sociais a fome é uma atenuante com relação a situação de distribuição desproporcional no mundo. Enquanto 20% da população mundial, de acordo com a OMS em 2016, vive em condição de obesidade contraditoriamente, 821 milhões de pessoas, ou seja por volta de 12% da população mundial, conforme a FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura) ainda passam fome admitindo, então, a constante má dispersão de recursos que evitem a fome e a miséria no mundo. Portanto, seria um equívoco considerar a fome e as desigualdades, consoante a Brecht, uma bobagem, então para reverter esta problemática cabe as nações mundiais a criação de metas em união com a ONU para uma aprimoramento na distribuição de renda e alimentos inciando-se internamente e expandindo com reeducação alimentar, uso da agricultura na distribuição interna além da melhoria em projetos de auxilio de renda.