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Enviada em: 02/04/2019

O período do auge do absolutismo monárquico na França ficou conhecido através da sua instabilidade política e econômica. O rei Luís XlV - rei sol- e sua esposa Maria Antonieta preocupavam-se apenas com os luxos da corte e maltratavam a sociedade francesa com absurdas desigualdades sociais, com isso, a frança do século XVlll foi assolada por um grande período de fome, peste e guerra. Hodiernamente, o cenário francês assemelha-se a atual situação do mundo contemporâneo, tendo em vista que, a negligência do poder público e o individualismo moderno corroboram para o recente cenário de fome e desigualdades sociais do século XXI, que impede o avanço coletivo e segrega dia a dia a população.   Primordialmente, cabe considerar que o desvelo do estado diante das necessidades da população intensificam o problema. No Brasil, isso se dá na medida em que a Constituição cidadã é desrespeitada e o direito individual fica a cima do direito coletivo, que acarreta em inúmeros problemas socioeconômicos, por exemplo, desigualdade no acesso a saúde, educação, trabalho e alimentação. Por consequência disso, a fome e diferenças sociais aumentam conforme os dados apresentados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado para analisar a qualidade de vida da população, que mostra o Brasil na posição 79° do ranking de 188 países  do mais ao menos desenvolvido, o que deixa claro a urgência de políticas públicas eficazes para reverter a situação.    É importante mencionar ainda, que não só a inoperância do governo, como também, o egoísmo contemporâneo abastecem a problemática. Consoante o sociólogo polonês Zygmund Bauman no conceito de '' Modernidade Líquida'', a sociedade é marcada pela fragilidade das relações sociais, que a cada dia se tornam mais individuais e apáticas. Em decorrência dessa fragilidade nos laços afetivos, o individualismo abre portas para o apego a interesses próprios, em que as pessoas se quer pensam em questionar o governo a favor dos menos favorecidos. Prova disso, são os levantamentos realizados pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), os quais apontam que cerca de 1,3 bilhões de pessoas vivem em condições de pobreza  e fome no mundo.    Portanto, é mister que o estado tome providências para superar o quadro atual. Para garantir o acesso igualitário,sobretudo, a alimentação e minimizar as desigualdades sociais, urge que o Governo Federal amplie os programas governamentais que auxiliam famílias de baixa renda, por exemplo, o bolsa família, garantindo uma maior participação das crianças nas escolas, boa qualidade na alimentação dessas crianças e de suas famílias e atualização do IDH para saldos positivos. Com isso, a realidade distanciar-se-a da frança do século XVll.