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Enviada em: 19/03/2019

Mundo de extremos        De acordo com o filósofo Jean Jacques Rousseau, o homem em seu estado de natureza tinha vida essencialmente animal, era feliz e suas únicas paixões eram os instintos naturais. Quando ocorreu a ruptura do homem com o estado de natureza surgiu a ideia de propriedade privada. Essa ideia foi responsável por nutrir as disparidades e aprofundar as desigualdades. Nesse contexto, a má distribuição de riquezas traz consequências, como alguns países estarem cada vez mais prósperos e outros rumo à miséria e à fome.       Em primeira instância, cabe mencionar que apenas 1% da população do planeta possui metade da riqueza mundial, segundo o Instituto de Pesquisa do Credit Suisse. Tal fato é explicado pelo crescimento não inclusivo da sociedade global, visto que enquanto as grandes potências, como os Estados Unidos, apresentam gradativo crescimento econômico, países como a África possuem um decaimento na riqueza. Por isso, faz-se necessário uma redistribuição visando a equidade.        Além disso, conforme a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o problema não é a falta de alimento, mas sim a má distribuição destes. Países que empreendem políticas capazes de gerar empregos e renda diminuem os problemas com a fome. Em contrapartida, onde há ditaduras e despotismo, há fome e morte por inanição. Confirmando que existe a desfavorável dispersão de recursos que evitem a fome e a miséria no mundo.       Entende-se, portanto, que a fome e a desigualdade caminham juntas, sendo prioritária a criação de medidas para atenuar as discrepâncias no âmbito mundial. Dessa forma, a ONU poderia elaborar uma campanha para desenvolver projetos que diminuam a fome em países pobres. Ademais, investimentos estrangeiros seriam uma forma de impulsionar a criação de empregos, salários e melhorias na qualidade de vida. Assim, é possível construir uma sociedade mais igualitária e justa.