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Enviada em: 24/03/2019

Na obra "Quarto de despejo", a autora Carolina Maria de Jesus relata a profunda situação de fome e miséria em que viviam os moradores da favela do Canindé,em São Paulo,nas décadas de 50 e 60.No entanto,na conjuntura contemporânea,observa-se que no limiar do século XXI,o Brasil,ainda convive com a fome e a desigualdade social.Nesse contexto,cabe analisar como a má distribuição de renda e a crise econômica impulsionam tal problemática.    Em primeiro lugar,herdeira de um modelo escravista e autoritário,a sociedade brasileira formou-se através da desigualdade social e econômica.Segundo o filósofo Rousseau, a propriedade privada foi a principal condição para a segregação social entre ricos e pobres.Sob tal ótica,a má distribuição de renda,no qual uma minoria dispõe de um maior poder aquisitivo,em detrimento dos que não não possui recursos financeiros para sobreviver,corrobora para o aumento da fome na sociedade.Isso ocorre devido a concentração fundiária que concentra uma grande parcela de latifúndios nas mãos de poucos,dificultando,assim,que os cidadãos subnutridos possuam o poder da compra.Por consequência, a fome prejudica o desenvolvimento e  diminui a expectativa de vida da população.   Outrossim,a situação econômica é um fator que problematiza essa questão,visto que o Brasil está em uma crise política,social e econômica. Segundo o pensamento malthusiano ,o crescimento populacional superaria a oferta de alimentos e,consequentemente,causaria a fome e a miséria.Atualmente,o aumento do preço dos alimentos afeta diretamente os indivíduos de baixa renda,que devido as condições da atual crise que acarretou o desemprego estrutural,tornando o custo de vida ainda maior.Contudo,a ineficácia de politicas públicas que vise erradicar a fome encontra como obstáculo a situação financeira do país.Com efeito,a fome gera instabilidade política e social, dificultando ainda mais os esforços dos Estados em reduzirem a pobreza.    Infere-se portanto,que é necessário medidas para erradicar a fome e a desigualdade social.Logo,cabe ao Poder Público,deve dar suporte ao empreendedor e à reforma no campo,por meio de politicas públicas de incentivo fiscal, gerando, consequentemente, empregos e uma diminuição efetiva na disparidade social.Ademais,o Ministério do Desenvolvimento Social,por intermédio de subsídios,deve criar um programa que contribua para o aumento da renda per capita das famílias em estado de vulnerabilidade social,com o fito de tirar os cidadãos da linha da pobreza.Assim,a sociedade se tornará mais humanitária e poderá gozar da plena harmonia social.