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Enviada em: 09/04/2019

De acordo com o filósofo São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem os mesmos direitos e deveres. No entanto, esse pensamento não se aplica bem à realidade brasileira, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1% dos mais ricos recebem 36 vezes mais que 50% dos mais pobres. Esse quadro é agravado devido a falta de assistência governamental e ao descaso da população que já se habituou com a questão. Desse modo, governo e sociedade devem se unir para atenuar esse quadro.                       No que concerne à problemática, é válido ressaltar que ao longo da consolidação da democracia a prioridade não foi erradicar a desigualdade social. Segundo Gilberto Dimmenstein, o brasileiro pode ser considerado um cidadão de papel, já que, tem seus direitos garantidos apenas no plano teórico. Sob esse viés, a Constituição de 1988, garante a todos os brasileiros direitos básicos, todavia, a péssima gestão do dinheiro público corrobora para prolongar o cenário atual, onde só uma minoria que possui recursos financeiros consegue acessar esses direitos básicos com a mínima qualidade. Exemplo disso, é a discrepância entre os serviços particulares e o Sistema Único de saúde, escolas públicas e privadas, saneamento básico de bairros marginais e centrais.                         Outrossim, é importante mencionar ainda, que não só a inoperância do governo, como também, o egoísmo contemporâneo abastecem a problemática. Consoante o sociólogo Zygmund Bauman no conceito de '' Modernidade Líquida'', a sociedade é marcada pela fragilidade das relações sociais, que a cada dia se tornam mais individuais e apáticas. Em decorrência dessa fragilidade nos laços afetivos, o individualismo abre portas para o apego a interesses próprios, em que as pessoas se quer pensam em questionar o governo a favor dos menos favorecidos.Dessa forma, a falta de oportunidades igualitárias, desfavorece a ascensão das classes inferiores.                           Diante do exposto, é mister que o Estado tome providências para superar o quadro atual. É fundamental, portanto, que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação, promova o acesso ao ensino, por meio do investimento de uma maior porcentagem do PIB na infraestrutura, para construir novas escolas e melhorar as já existentes, com o objetivo de permitir maiores e melhores oportunidades de vida. Somado a isso, O Governo deve, também, aprimorar os programas assistenciais, para que, de fato, façam a diferença na vida dos cidadãos cuja renda não supre as necessidades básicas. Dessa maneira, tal situação será atenuada.