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Enviada em: 26/04/2019

“O primeiro homem que inventou de cercar uma parcela de terra e dizer “isto é meu” […], foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos crimes, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado a humanidade se aquele, arrancando as cercas, tivesse gritado: Não, impostor.” Disse Rousseau. Acompanhando seu pensamento, podemos observar que em algum momento em nossa história, a terra e tudo o que se encontrava nela, era compartilhado por todos, de acordo com nossas necessidades. Nessa lógica, é possível observar, que a posse ocorreu de maneira aleatória, desrespeitando assim as indispensabilidade do homem, e dando origem a desigualdade. Diante desse cenário, cabe analizar como uma sociedade desigual acarreta em diferentes problemas sociais, como fome e violência, e explicar como o modelo econômico e a história brasileira, foram cruciais para o agravamento da desigualdade social.         A partir da perspectiva de Rousseau, o homem não possuía posse da terra, ele apenas usurfruia dela para suprir suas necessidades básicas. Dessa maneira, é de fácil entendimento que todos os  seres humanos tem direito de utilizar dela igualmente, de maneira responsável, e que quando isso não ocorre, a indignação predomina. Diante desse contexto, surgem problemas sociais como a fome, que se dá quando um homem possui tanto, que não sobra nada para o outro, já que a terra tem recursos mais que suficientes para abastecer toda a humanidade. A violência por outro lado, nada mais é que a resposta do homem a tal injustiça, roubos e assaltos, são maneiras de alcançar algo que não lhes é permitido, e de fácil acesso a outros, devido a desigualdade social.           Sob essa lógica, ganha particular relevância que tais problemas sociais, devem seu surgimento ao modelo empregado em nossa colonização por exploração.  Em 1500, quando os portugueses chegaram as nossas terras, retiraram daqui grande parte de nossas riquezas, além de terem utilizado mão de obra escrava, fator significativo para a desigualdade social atual, já que naquela época, uma pequena parcela da população obtinha todo o lucro de dezenas de homem, enquanto todos os outros ficavam sem nada. Tais fatores foram agravados pelo nosso modelo econômico empregado nos dias de hoje, que além de não repararem a dívida histórica, dificulta a mobilidade social.     Diante do exposto, pôde-se inferir que deve ser feito uma reparação histórica, promovendo uma maior mobilidade social, com a construção de escolas públicas de boa qualidade de nível básico ao superior, fator importante ao longo prazo, além de programas sociais de curto prazo, como a bolsa família. Assim, ao longo do tempo acredita-se que juntos tais investimentos possam suprir as necessidades atuais, bem como repar pouco a pouco os danos históricos deixados para trás.