Materiais:
Enviada em: 16/06/2019

Josué de Castro, renomado médico pernambucano, certa vez assertou que a guerra e a fome não respeitam leis naturais, são criações humanas. Tem-se nessa perspectiva a fome e as desigualdades no século XXI. É pertinente, quanto a isso, questionar-se sobre as principais causas que desses problema. Mais: os desafios para reverter essa situação.       No período das grandes navegações, marcado pelas longas travessias de barcos, no qual, europeus buscavam metais valiosos em outras regiões para fomentar o sistema econômico da época, o mercantilismo, assim, eles empobreciam outros continentes para aumentar o próprio poder. Durante esse evento histórico, muitas regiões tiveram processos de colonização diferentes, logo os processos de produção também viriam a ser diferentes, o que acarreta mais fartura para alguns e menos para outros. Além disso, a elite de países colonizados eram formados, principalmente, por indivíduos que compactuavam com o eurocentrismo, isto é, os que possuíam poder não tinham interesse de questionar as diferenças de nações privilegiadas, propiciando uma desigualdade que é refletida até os dias de hoje, tendo alguns com mais terras e poder que outros.        Infelizmente, por muito tempo, a fome e a miséria eram tratados como "algo natural", fatores como o clima e a própria população, da região é afetada por esses problemas, eram apontados como os principais culpados por viverem nessa situação. No entanto, a história mostra que diversas civilizações da antiguidade conseguiram se desenvolver em regiões inapropriadas para a existência de vida, como por exemplo, Egito no meio do deserto, no nordeste a Africa, Esparta se desenvolvendo numa cadeia de montanhas, na península do Peloponeso. Portanto, fome e miséria não naturais, visto que, esses mesmos fatores não determinam a existência humana, pelo contrário, em contraste a seleção natural proposta por Darwin, o ser humano é caracterizado, talvez o único, por se ajustar no ambiente em que vive.       Por conseguinte, é necessário que países que usufruíram da colonização possam ressarcir os reflexos que aqueles eventos históricos provocaram ao longo de anos. A ONU, juntamente com a comunidade internacional, deveria atribuir taxações em cima de acordos comerciais de países europeus, de acordo com o PIB, com o intuito de repassar o valor das taxações para países subdesenvolvidos, de acordo com a necessidade, para reduzir a distância em relação da qualidade de vida de países dos hemisférios norte e sul.