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Enviada em: 02/07/2019

A Revolução industrial, ocorrida no século XVIII, criou uma conjuntura social marcada pela desigualdade. Desse modo, os proletários estavam subordinados aos burgueses e estes, por sua vez, concentravam as riquezas. Nesse sentido, assim como as relações capitalistas, naquela época, eram marcadas por essa desigualdade, hoje, o panorama mundial ainda reflete essa realidade. Assim, no século XXI, a fome e as disparidades sociais são marcas da sociedade. Dessa forma, não só a má distribuição de renda contribui para esse panorama, como também as divergências sociais resultam em dificuldade de acesso por muitos aos serviços básicos de saúde e alimentação.        Nesse contexto, em seu livro "Globalização: as consequências humanas", Zygmunt Bauman afirma que esse processo resulta em concentração de poder nas grandes corporações. Nessa conjuntura, a má distribuição de renda acaba por contribuir para o quadro da fome e da pobreza no mundo globalizado. Ademais, é evidente que, principalmente após a modernização agrícola, foi intensificado o inchaço urbano e, consequentemente, a desigualdade social. Esse panorama acaba por resultar nos elevados índices de pobreza e subnutrição na contemporaneidade.       Além disso, devido a esse elevado número de pessoas que vivem em situação de miséria, muitos acabam por não ter acesso aos serviços de saúde e alimentação. Por conseguinte, nos países mais pobres, é elevado o índice de desnutrição. Nesse cenário, a Organização das Nações Unidas para alimentação e agricultura (FAO)  afirma que 12,5% da população mundial está subnutrida. Porém, ao mesmo tempo em que essa realidade é constatada, existe uma pequena parcela da população que vive em condições de abastança e prosperidade. Assim sendo, torna-se evidente a intrínseca relação entre miséria, desigualdade e fastio no século XXI.       Portanto, diante do panorama de fome e discrepância social herdado da revolução industrial, é preciso mitigar essa realidade. Para isso, é necessário que ONGs desenvolvam projetos de auxílio à população em situação de vulnerabilidade social, de modo a fazer a análise dos índices de desenvolvimento e, a partir disso destinar recursos à distribuição semanal de alimentos nos países mais carentes, para que a situação da fome seja amenizada. Por fim, é importante que Organização Mundial da Saúde envie profissionais como médicos e nutricionistas aos países com elevados índices de desnutrição. Dessa forma, a partir do mapeamento dos índices de desnutrição, os profissionais seriam enviados e realizariam consultas semanais de modo a resgatar o indivíduo da desnutrição. Assim, seria possível viver em um mundo sem a concentração de poder da qual Bauman relatou.