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Enviada em: 21/07/2019

Em um país tão abonado em recursos naturais, em que a agropecuária é um dos setores mais desenvolvidos, como o Brasil, causa estranheza que a fome ainda seja um problema. Contudo, é justamente essa a realidade enfrentada pelos brasileiros em seu cotidiano. Graças a uma política de distribuição de renda questionável, o povo brasileiro ainda tem que conviver com as amargas consequências da fome. Se só isso não fosse suficiente, a fome, por sua vez, gera mais desigualdade, o que prende o brasileiro pobre num círculo interminável de miséria.        As políticas de distribuição de renda adotadas pelo governo brasileiro são a causa do agravamento da desigualdade social e, por consequência, da fome. É que essas consistem basicamente no pagamento de benefícios assistenciais à população necessitada, sem se importar em aprimorar a educação ou gerar empregos para essa parte da sociedade. Sendo assim, o resultado de tais políticas é ineficaz, já que, se privada de trabalho e educação, a população pobre tende somente a perpetuar-se na condição em que se encontra.       Além disso, a fome, consequência da desigualdade, é, também, uma das causas desta. Se já não bastasse a educação de qualidade duvidosa a que tem que se submeter, uma a cada cinco famílias brasileiras, segundo dados do IBGE, manda seus filhos à escola com fome. Tal fato, obviamente, atrapalha o rendimento escolar de tais alunos, afastando-os, ainda mais, de uma competição igualitária com os jovens das camadas mais ricas, na busca por emprego e melhor qualidade de vida.        Fome e desigualdade são, portanto, causa e consequência uma da outra. Para afastar os indesejáveis males dessa dupla, é necessária a alteração da política assistencial do Governo Federal nas áreas de educação e trabalho. Na área trabalhista, o Governo deve desburocratizar o processo de criação de empresas e diminuir os impostos sobre a atividade empresarial, para que os empresários tenham mais condição de criar empregos ou remunerar melhor seus empregados.