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Enviada em: 25/07/2019

A Teoria Malthusiana, elaborada pelo economista britânico Thomas Malthus no século XVIII, defendia que a população crescia em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos em progressão aritmética. Nesse sentido, a quantidade de comida seria insuficiente, ao passo que o número de pessoas sempre a superaria, o que causaria um resultado inevitável: a subnutrição, que culminaria na desigualdade social. Todavia, hodiernamente, esse pensamento é considerado obsoleto, pois, a causa desses problemas sociais não é a insuficiência alimentar nem o crescimento populacional, e sim, a má distribuição de renda. Sendo assim, dentre as principais questões relacionadas ao assunto, têm-se: a subalimentação e a carência de igualdade social. Desse modo, são requeridas medidas que revertam essa situação, visto que é essencial o debate sobre fome e disparidades sociais no século XXI.       Em primeira análise, destaca-se a temática fome. Nesse contexto, milhares de indivíduos no mundo vivenciam esse problema, sobretudo, nas nações subdesenvolvidas, que são acometidas pela falta de organização de seus recursos. De acordo com a concepção do nutrólogo brasileiro Josué de Castro, em sua obra "Geopolítica da fome", a questão desse mal trata-se da má distribuição de riquezas e produtos, e não da falta em termos quantitativos. Isso ocorre pela falta de trabalho para a população, já  que pessoas desempregadas não têm sustento fixo e são excluídas da distribuição monetária de sua localidade. Dessa maneira, com menos emprego, aumenta a pobreza e, por conseguinte, a fome.       Em segunda análise, lembra-se acerca da desigualdade social. Consoante o geógrafo brasileiro Milton Santos, em seu texto "Por uma globalização mais humana", o mundo vivencia a chamada globalização perversa, porque os ganhos oferecidos pelas conquistas científicas e técnicas não são adequadamente usados. Nesse viés, nem todos têm acesso às tecnologias do mundo globalizado e  aos recursos básicos, como alimentação, vestimentas, moradia, para a sua sobrevivência, uma vez  que a ineficiência do uso dos bens prejudica o desenvolvimento da sociedade. Dessa forma, a desigualdade social se evidencia, pois, mesmo com as transformações científico-sociais, ainda há o acúmulo de riquezas sobre muitos, enquanto outros vivenciam a extrema pobreza.        Logo, alternativas são imprescindíveis para essa causa.É preciso que órgãos de ajuda humanitária ajudem nesse processo. Dessarte, a ONU (Organização das Nações Unidas) deve incentivar, mediante ajuda financeira, os seus países membros a criarem planos de combate à pobreza, por meio da geração de empregos, a fim de que haja uma melhor igualdade financeira. Ademais, é necessário que o Governo de cada país crie meios de ajuda social, que envolvam a democratização das tecnologias e doação de produtos para famílias carentes, com o fito de amenizar a desigualdade entre os povos.