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Enviada em: 21/10/2017

Efeitos colaterais     Entre os efeitos decorrentes da consolidação do capitalismo como modelo econômico predominante, ressalta-se a ampliação das diferenças sociais. Entre essas, a fome vem sendo alvo de debates, sobretudo, pela sua forma heterogênea de ocorrência. Sendo assim, vale mencionar o contexto histórico e a concentração de renda como causas da fome.        Com efeito, as desigualdades sociais não são problemas exclusivos do século XXI. Durante o período do Imperialismo, as potências mundiais usavam os recursos dos países subdesenvolvidos com o intuito de suprir as necessidades de seu mercado interno. Dessa forma, houve uma despreocupação social por parte dos países desenvolvidos, porquanto havia uma visão etnocêntrica que julgava os outros países como inferiores.      Outrossim, a concentração de renda também é um fator que impede a erradicação da fome. Segundo pesquisas, a fome persiste em quase todo o continente africano, que é marcado pela pobreza extrema, e quase inexiste em países industrializados. De forma geral, ela é uma consequência do cenário de valorização do lucro e progresso a todo custo. Segundo Michel Foucault, as relações humanas são relações de domínio.        Destarte, urge a adoção de medidas a fim de mitigar o cenário atual, que não é satisfatório. No âmbito civil, as instituições sociais devem, por meio de debates e conferências, evidenciar os fatores históricos da fome e promover estratégias de combate com o intuito de reduzir os casos de fome. Ademais, no âmbito federal, o Ministério da Fazenda deve destinar maior verba pública para as campanhas de apoio civil, como o Bolsa Família, com o fito de evitar o surgimento da pobreza extrema.