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Enviada em: 19/10/2017

Ao longo da formação política, social e econômica do mundo, o homem enfrentou várias crises de fome que dizimaram suas populações. Sejam por fatores biológicos, climáticos ou até mesmo políticos, essas situações não deveriam ser pertinentes em pleno século XXI. Entretanto, a cada quatro segundos, aproximadamente, alguém morre de fome em algum lugar do planeta. Logo, carência de políticas mais eficientes em relação aos elevados números de vítimas da fome e a desigualdade social aumentam ainda mais essa problemática.       De acordo com um estudo publicado em 2016 pela FAO, organização da ONU que trata questões de agricultura e alimentação, o mundo produz alimento suficiente para os seus bilhões de habitantes porém, a fome é agravada pela má distribuição desses produtos. No Brasil, por exemplo, onde a concentração de renda é acentuada, em um mesmo estado é possível encontrar de um lado crianças passando fome em favelas do Rio de Janeiro, e do outro, crianças podendo escolher em qual luxuoso restaurante vão querer jantar. É evidente que as políticas sociais não são abrangentes o suficiente para combater a fome no planeta, ainda mais quando visam aumentar a produção e não a distribuição, e acaba contribuindo com o desperdício.        De fato, a quantidade de alimento que é desperdiçado diariamente além de estar no local errado , pois poderia estar alimentando famílias, pode alterar o preço de vários produtos, as commodities, por exemplo, dificultando ainda mais o acesso de famílias com baixo poder aquisitivo à uma alimentação saudável. A falta de conscientização das pessoas em se preocupar com as consequências que o desperdício gera, a falta de comprometimento com a reciclagem orgânica, que pode ser revertida à alimentação de animais, por exemplo, são questões que precisam ser melhor trabalhadas.       Logo, para combater a fome e a desigualdade social no mundo, organizações mundiais, como a FAO e a UNESCO, devem criar políticas sociais direcionadas para os diferentes grupos de afetados pela fome. Populações rurais, por exemplo, de baixo poder aquisitivo e sem fácil acesso ao centros comerciais, criar políticas que possibilitarão a distribuição de grãos e oferecerão educação de agricultura, para que possam produzir seu próprio alimento e com o tempo sair do mapa da fome. As mesmas, devem criar um programa de crédito alimentar financiado pelo governo de cada país que adotar essa medida, oferecendo ajuda financeira na compra apenas de alimento para aqueles de baixa renda. Estabelecer, em conjunto com o governo de cada país, leis que punam qualquer tipo de desperdício de alimento sem ter algum reaproveitamento, a reciclagem por exemplo, proporcionalmente à quantidade de produto não aproveitado.