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Enviada em: 26/10/2017

Futuro famélico    Há um princípio em vigor no Brasil que garante o direito humano à alimentação adequada, com comidas saudáveis e regulares. No entanto, muito brasileiros passam fome e não possuem acesso a nenhum tipo de alimento, tampouco os saudáveis. Isso ocorre, devido à baixa importância que o Governo dá a questão e a ganância das grandes empresas exportadoras de alimento.     É inegável que as riquezas naturais do país são intensamente exploradas e oferecem uma extensa gama de alimentos. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, nota-se o rompimento da harmonia aristotélica, uma vez que o Governo acredita que uma subalimentação é suficiente para deter o problema, e não vê que a problemática é deveras extrema e faz parte de uma desigualdade social advinda da concentração de renda. Desse modo, percebe-se como o revés da fome, na realidade, é fruto de uma política que perpetua a luta das classes sociais.     Outrossim, a prioridade das grandes exportadoras de alimento, tampouco, é a dignidade dos cidadãos brasileiros. Segundo Thomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem. Nesse contexto, percebe-se como a postura gananciosa de empresas que detêm grande parte da renda e dos alimentos que são exportados, é fator primordial do problema em debate, à medida que, sua preocupação é aumentar os lucros e não pensar em seus companheiros do país que enfrentam fome e pobreza. Por conseguinte, nota-se como a concentração de renda e o individualismo são mantenedores da problemática.     Entende-se, portanto, que a fome e a desigualdade no século XXI encontra como seus grandes vilões o Governo e as grandes empresas, carecendo de medidas concretas para combate-las. Para tanto, é necessário que o Governo Federal em parceria com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar crie medidas como a distribuição semanal de cestas básicas com alimentos saudáveis, e legislações que obriguem as empresas a destinar parte dos alimentos para essa finalidade e distribuição igualitária na população. Além disso, campanhas incentivando a doação de mantimentos a aqueles que necessitam, podem ser amplamente aplicadas nas redes sociais. Dessa forma, pouco a pouco as desigualdades serão extinguidas e a fome será apenas um passado distante.