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Enviada em: 26/10/2017

Segundo o pensamento malthusiano a sociedade cresce em uma progressão geométrica e já a produção de alimentos em progressão aritmética, assim em um futuro próximo a fome seria algo inerente na sociedade humana. Contudo, no atual cenário social o que se percebe um contexto diferente, a fome não necessariamente é promovida pela escassez de alimentos, mas principalmente pela desigualdade social.     Em primeiro lugar, segundo filosofo Henrique de Lima, a modernidade se assenta em um enigma de "uma civilização tão prodigiosamente avançada na sua razão teórica e tão dramaticamente indigente na sua razão ética". A exemplo de que, quando se analisa as conquistas dos direitos humanos no decorrer dos séculos e observa a realidade da fome  no mundo, nota-se o desrespeito do ser humano diante da moral e das leis vigente do seu tempo, o que é eticamente incompreensivo.          Ademais, a questão da fome está intrínseca com a desigualdade social pois são variáveis de uma mesma equação, quadro esse, que é sustentado pelo próprio sistema capitalista que a sociedade está inserida. Uma "globalização perversa" que enxuga a ação do Estado, com intuído de privilegiar o mercado financeiro, contudo o que promove é a desvalorização do próprio homem, dado que o centro das motivação da sociedade é o dinheiro e não ideais de igualdade e fraternidade. Dessa forma, em um jogo em que as regras não são sentimentos nobres a ultrajante desigualdade social irá crescer e por conseguinte a fome.       Portanto, medidas devem ser tomadas com intuito de reverter essa conjectura. Para tanto é imprescindível que a razão teórica e a ética andem juntas e isso requer das instituições escolares uma atuação através de ações de extensão, no qual os alunos promovam medidas que melhorem a vida das pessoas nas comunidades carentes. Além disso, que a sociedade se mobilize através de manifestações populares com intuito de pressionar os Governos sobre a necessidade da "globalização alternativa" no qual o homem é o centro de qualquer decisão e não o dinheiro.