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Enviada em: 25/10/2017

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sete milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar grave no Brasil. Embora seja um número baixo comparado a década de 1980 -período que a fome alcançou índices altos-, vale enfatizar que no século XXI, avanços tecnológicos e sociais evoluíram o âmbito alimentício a ponto de não existir fome. Todavia, a concentração de renda faz com que se perpetue a desigualdade social, ocasionando a fome e a miséria.       É indubitável que a fome é resultado de uma má distribuição da riqueza nacional. Desse modo, grande parte da população não consegue suprir-se nutricionalmente por falta de condições financeiras. Ademais, na atual fase do capitalismo, o direito à alimentação saudável, que deveria ser garantida a todos os seres humanos, vem sendo violado porque grandes empresas controlam o mercado de alimentos  e condicionam o acesso a eles à renda dos indivíduos. Ou seja, a população pobre fica privada do acesso a alimentos de qualidade.       Outrossim, a fome e a pobreza não resultam da insuficiência técnica para produção de alimentos ou da falta de solos férteis. Nesse sentido, a persistência da fome é simultânea à existência de grandes propriedade de terra concentradas nas mãos de poucas pessoas. Dessa forma, apesar do aumento da produção de riquezas e de alimentos na sociedade industrial capitalista, o hodierno modelo de mercado não é capaz de distribuir esses recursos para eliminar a fome. Logo, a superação desse cenário envolve políticas de garantia de direitos básicos aos mais pobres e a discussão sobre a construção de outro modelo de desenvolvimento.       Depreende-se, portanto, que para o fim dessa problemática, é necessário um novo modelo de desenvolvimento. Assim, cabe ao Estado, por meio do Poder Legislativo, políticas de promoção da segurança alimentar, como parte de um projeto alternativo de desenvolvimento que tenha o objetivo de uma reforma agrária, além de reformular antigas iniciativas, como o Fome Zero e o Bolsa Família. Em adição, a sociedade pode contribuir por meio de campanhas de doações para o fim desse problema que, ainda no século XXI, mata pessoas diariamente.