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Enviada em: 20/10/2017

Desafios à igualdade social no Brasil      Durante o século XX, o número de mortes por problemas ligados à obesidade superou a quantidade de indivíduos mortos por inanição. Dentro do contexto da fome, percebe-se que a má distribuição de alimentos e recursos dentro da sociedade é, portanto, mais preponderante do que a falta de sua produção. Por um lado, a dificuldade do estado em combater as desigualdades existentes no país, a qual contribui para a manutenção do quadro; por outro, a supervalorização do mercado externo, diminuindo a quantidade de recursos destinados ao abastecimento nacional.      Em um prisma governamental, é notório que a ineficiência do poder público em executar campanhas de combate as desigualdades esteja entre as matrizes do problema. Isso porque, com uma parcela da sociedade com seu poder econômico limitado, leva à segregação dos recursos, assim, faltando alimento para certos cidadãos que sofrem com as desigualdades socioeconômicas existentes no país. Nesse contexto, é possível correlacionar o atual cenário às obras de Aristóteles, o qual definiu o homem como animal político, sendo seu dever gerir o Estado visando ao bem comum. Por conseguinte, a lógica aristotélica é descumprida na medida em que o a realidade de miséria e escassez de alimentos se torna um problema persistente para muitos brasileiros.       Sob uma ótica econômica, o desabastecimento do mercado nacional é, também, um dos problemas que levam à manutenção do quadro. Isso devido à inflação gerada pelo desequilíbrio entre a quantidade de exportações e o número de produtos destinados à circulação interna, visto que com uma maior valorização do preço no exterior, o produtor rural opta em um maior lucro, acarretando em crises de abastecimento alimentício dentro do país. Desse modo, a regulação dos preços, pela Lei da oferta e da procura, ocasiona um aumento significativo nos preços dos alimentos, o que em uma sociedade desigual, acarreta a segregação de recursos, levando à fome.      A persistência das desigualdades sociais e da fome, portanto, se tornou um problema a ser combatido. Nesse sentido, cabe ao Ministério do Desenvolvimento, pelo seu poder abarcativo e socializante, realizar projetos sociais que visem o combate das desigualdades, por meio de investimentos direcionados para as áreas mais carentes do país, no intuito de diminuir a quantidade de indivíduos que passam fome. Ademais, ONGs, devido às suas características populares e distributivas, podem promover a formação de agriculturas locais, através da organização populacional e de mão de obra voluntária, a fim de aumentar a quantidade de alimentos no mercado interno, resolvendo o problema da inflação. Assim sendo, o Brasil que é marginalizado poderá viver dias mais igualitários.