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Enviada em: 22/10/2017

Desde o século XVI, com o processo de colonização dos portuguese no Brasil, por meio da divisão de capitanias hereditárias, abriu-se um abismo entre classes. Tal fato se reflete até os dias de hoje,ao passo que a maior parte das propriedades brasileiras se concentram nas mãos de uma minoria. Algumas medidas foram pensadas ao longo da história para reaver tal fato, porém nenhuma devidamente eficaz, por conta do discurso positivista de meritocracia  e um sistema cruelmente capitalista.        Com heranças históricas de um Brasil mal dividido, hoje convivemos com enormes discrepâncias entre classes sociais. A Revolução Verde ,que ocorreu em seguida da Revolução Industrial, trouxe a ideia de que a mecanização do campo iria acabar com a fome no país. Porém o problema nunca esteve na falta de alimentos mas sim na sua distribuição. Assim como a divisão de terras, a alimentação esta totalmente vinculada a um sistema que visa o capital à questões humanitárias. Ainda que muitos políticos ao longo dos anos defenderam propostas de reforma agrária e projetos sociais, foram barrados ou sofreram golpes que favoreciam a elite do pais.       Ademais, além de desigualdades alarmantes, existe também o discurso de meritocracia, no qual coloca o sujeito mais pobre como culpado de sua condição. Arraigado, o capitalismo corrobora com o aumento desse pensamento e pratica a exploração das classes mais desfavorecidas. Desde muito cedo somos ensinados que o trabalho dignifica e com ele pode-se conquistar tudo, porém podemos perceber a quantidade de trabalhadores que fazem exaustivas cargas horárias e mal conseguem pagar o aluguel. Dessa forma, nosso sistema econômico pouco se importa com fome e a desigualdade, além disso, alienados da situação ,sob o discurso positivista, a sociedade contribui com tal segregação.       Diante de tais fatos, portanto, é necessário que medidas efetivas sejam tomadas para amenizar a situação de desigualdade no país. O Estado deve intervir na economia, estabilizando o lucro do grande empresário e favorecendo o do pequeno porte, a fim de evitar que o grande empresário compre as posses do pequeno e passe a aumentar a concentrações de bens. Além disso deve ser repensada uma proposta de reforma agrária,  reavendo terras que estão em especulação ou improdutivas, para pessoas que se encontram em situação desfavorável. Por fim a sociedade deve ficar atenta às propostas oferecidas pelos políticos, garantindo uma mudança através do voto e protestos.