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Enviada em: 23/10/2017

A fome no Brasil       A Constituição de 1988 foi um grande avanço para a sociedade brasileira, trazendo diversos direitos sociais positivados em seu artigo sexto, inclusive o direito à alimentação. No entanto, a realidade não reflete o constante da carta magna. A fome e a desigualdade social estão intrinsicamente ligados. A situação de penúria de um indivíduo ou de famílias inteiras que não possuem recursos para se alimentar é reflexo de uma política social fracassada agravada pelo quadro de corrupção sistêmica dominante no país. É sabido que o desvio de dinheiro público aumenta o abismo social que já segrega a sociedade civil, desprovendo recursos de áreas importantes como a educação e a saúde.        Em que pese a saída do Brasil do mapa da fome mundial e o sucesso de programas governamentais como o pagamento periódico aos seus inscritos para compra de mantimentos ou fornecimento de leite em pó em escolas públicas, a fome ainda é realidade no país, principalmente em comunidades de baixa renda e pouco tem sido feito para combater as principais causas como a desigualdade social, o que acaba tornando a eficácia de tais políticas limitada e de necessidade permanente.        Torna-se necessária portanto a redução da marginalização e da discrepância na distribuição de renda que alimenta a diferenciação de classes com a implementação de políticas educacionais eficientes para preparar os jovens para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo   dando oportunidade de auferir melhor renda e capacidade de consumo. A educação também possui outro papel importante: conscientizar o indivíduo de seu papel na sociedade brasileira e a importância de sua participação política. A construção de uma consciência política, voltada para a comunidade e não para o indivíduo através da educação pode transformar a sociedade e influenciar nas escolhas de nossos governantes,  o que por sua vez impacta nas ações sociais e outras políticas relevantes de combate  à fome.