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Enviada em: 23/10/2017

Em escala global, a fome elucidou momentos de instabilidade sócio-político-econômico, ao longo da humanidade, com milhares de vítimas em períodos de guerras, mudanças climáticas ou até polarizações ideológicas. De tal modo, que sua persistência no século XXI está intrinsecamente ligada as desigualdades sociais, formuladas por um modelo econômico capaz de projetar o progresso em cima da pobreza, assim como a compactuação de um Estado inoperante. Cabe, portanto, a mobilização político-econômica  inverter tais problemas criados pelo homem, contra o homem.    Pode-se mencionar, por exemplo, José de Castro, conhecido como sociólogo da fome, e peça fundamental ao explorar a complexidade do problema, quando considerou a economia defeituosa, levada como processo de "falso desenvolvimento", manipulada por uma minoria que lucra nas toneladas de desperdício, enquanto a cada 4 segundos uma pessoa morre de fome. Assim, é o mostra um estudo publicado em 2016 pela FAO, organização mundial, responsável pela alimentação e agricultura, e ainda revela que de tudo o que é jogado fora (em torno de 1,3 bilhões de toneladas), apenas 25% já seria suficiente para abastecer essa população. Por certo, a mudança desse ingesto quadro, deve colocar o verdadeiro avanço tecnocientífico em beneficio de todos.     Além disso, as decisões politicas precisam garantir o direito a alimentação, melhorar os serviços públicos, e limitar a concentração de renda. Tal como, o Brasil tem a reforma agrária como "calcanhar de Aquiles" na administração brasileira, uma dívida social acumulada, desde sua colonização em serviço do capital estrangeiro, sem que tampouco promoveu seu compromisso com os estratos mais pobre da população. Não é demasia lembrar, Amartya Sen, ganhador do Premio Nobel, responsável por traçar no livro "Pobreza e Fomes", uma relação causal entre fome e questões sociais, ao colocar em xeque o papel politico em suprir as necessidades de cada cidadão.     Em face a essa realidade, a economia deve ser menos ostensiva e mais inclusiva, ao aumentar a produção agrícola de pequenos produtores, para dinamizar a economia local, e consequentemente diminuir os preços , a fim de democratizar a aquisição dos alimentos. Ademais, é preciso uma série de medidas multidimensionais dos governos vigentes, em promover os direitos fundamentais dos cidadãos, por meio de reformas agrárias para produção de subsistência, ajustar o distribuição de renda com aumento de impostos para empresas de "descartalização", ao mesmo tempo, que investe no processo de reciclagem para gerar empregos no setor, e também promover programas como o "Bolsa Família " , que complementam a renda familiar.