Materiais:
Enviada em: 25/10/2017

A colonização do Brasil pelos portugueses, que ocorreu durante os séculos XVI e XIX, foi marcada, principalmente, pela vertente da exploração dos recursos. bem como pela desproporção na distribuição da terras. Sob essa conjectura, é possível afirmar que as desigualdades sociais representam problema intrínseco à realidade do país, haja vista que permanecem relevantes até os dias atuais.  Nesse âmbito, a situação se mantém por fatores históricos em consonância com a atuação política dos grupos dominantes.               No que se refere ao desenvolvimento social do país ao longo de sua história, é indubitável que a elite brasileira se manteve composta principalmente pelos descendentes das oligarquias de proprietários de terra. Isso se evidencia pelo investimento na industrialização do Sudeste, região onde residiam os maiores cafeicultores do Brasil. Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, em seu conceito de capital social, as desigualdades sociais no capitalismo moderno são geradas pela herança econômica e cultural. A partir dessa linha de pensamento, percebe-se uma tendência de acúmulo de desigualdades, uma vez que, além da vantagem econômica, a elite transmite aos filhos as condições intelectuais propícias à manutenção da sua posição social.                   Outrossim, os grupos políticos dominantes tem forte influência no sistema político nacional, sendo favorecidos, mesmo que indiretamente, por decisões políticas e medidas legais. Não se pode negar que o governo brasileiro envidou esforços para diminuir as diferenças sociais, tanto que a pobreza foi reduzida e o Brasil deixou de figurar no mapa da fome. No entanto, não foram suficientes para uma distribuição de renda mais justa, enquanto a elite se beneficia das atitudes desse mesmo governo. Comprova-se a força política das classes dominantes pela notícia divulgada na mídia que a bancada ruralista no Congresso Nacional influenciou a aprovação de normal legal que dificulta a fiscalização do trabalho escravo.                  Destarte, é necessário que o país altere sua tendência histórica e que a riqueza seja distribuída de forma mais equânime. A fim de amenizar o problema, as escolas devem realizar eventos culturais, como visitas a teatros e museus, com a participação da família, com o propósito de equilibrar as diferenças culturais observadas nas diversas classes sociais. Além disso, o Governo deve utilizar as formas de participação popular nas decisões, como plebiscito e referendo, com o objetivo de atender as demandas dos cidadãos das classe sociais menos representadas na política. Assim, tornar-se-á possível reduzir as grandes diferenças sociais que prejudicam diretamente o desenvolvimento social do Brasil.