Materiais:
Enviada em: 23/01/2018

No ano de 2014, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse marco histórico, entretanto, convive com índices ainda alarmantes de subalimentação e intensa desigualdade entre os cidadãos. Fatores de ordem econômica, bem como histórica, caracterizam o dilema da fome no século XXI.    É importante pontuar, de início, a influência de interesses financeiros nesse quadro caótico. À guisa de Karl Marx, a capitalização dos produtos acarreta na disparidade de acesso entre os indivíduos. Essa realidade é ratificada pela persistência da subalimentação no mundo, que, segundo a ONG Oxfam, atinge 28% da população latino-americana. Nesse sentido, com todo o desenvolvimento técnico e industrial, a insuficiência de alimentos deixa de ser o problema e a disparidade de acesso a eles torna-se o principal empecilho.    Outrossim, tem-se a persistência de fatores históricos na atual situação de desigualdade no globo. Após décadas de exploração da África e Ásia, no chamado Neocolonialismo, essas regiões enfrentam hoje os piores indicadores de fome no mundo, conforme divulgou a ONG Ação Agrária Alemã em 2014. Nesse contexto, o esgotamento de recursos e a introdução de regimes desiguais nesses países deixaram fortes heranças a serem superadas.    É notória, portanto, a relevância de fatores econômicos e históricos na problemática supracitada. Nesse viés, cabe aos governos dos países, por intermédio dos órgãos responsáveis, promover o acesso à alimentação aos indivíduos que se encontram em extrema pobreza. Essa medida deve contar com um auxílio financeiro a esses cidadãos com o intuito de incluí-los na sociedade de forma saudável e segura. Ademais, as ONGs mundiais, em consonância com a ONU, devem intensificar o mapeamento da fome e da desigualdade social, por meio de pesquisas e estudos, a fim de divulgar esses dados essenciais para a construção de uma sociedade mais harmônica e coesa, envolvendo toda a população nesse processo.