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Enviada em: 16/02/2018

A Constituição Federal do Brasil, em seu parágrafo terceiro, prevê uma sociedade livre, justa e solidária embasada na igualdade entre os cidadãos.Todavia, lamentavelmente, a aplicabilidade dos direitos humanos, não se insere quando observamos a realidade brasileira, tendo em vista que uma grande parcela da população sofre de fome e desigualdade social.Nesse viés, deve-se discutir as vertentes que englobam esse empecilho na sociedade brasileira.           Em uma primeira análise, é factível que durante décadas o Brasil buscou solucionar a fome por meio da "Revolução verde", que consistia em introduzir tecnologia na agricultura com intuito de aumentar a produção.No entanto, o objetivo principal não foi alcançado, uma vez que em áreas que não receberam esse investimento, a situação se acentuou, pois, a agricultura tradicional perdeu competitividade, desencadeando a falência de pequenos proprietários e uma concentração fundiária.Assim, atrelado a uma sociedade excludente, com falta de oportunidade e apoio, acentuou-se o cenário de indivíduos sem base para uma segurança alimentar.           Nesse cenário, deve-se considerar também a tentativa de diversos projetos sociais em combater a fome e a pobreza (bolsa família, fome zero).Contudo, tais iniciativas tornaram-se insuficientes, tendo em vista que muitos programas não se alicerçaram na promoção de um crescente processo de inclusão social, como, por exemplo, politicas de gerações de emprego.Essa realidade é verificada no levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em que mais de 7 milhões de pessoas ainda convivem com a fome no Brasil.Dessa maneira, parafraseando o filósofo Aristóteles, as políticas sociais devem ser utilizadas de modo que, por meio de direitos inalienáveis, como a educação, segurança alimentar e saúde, o equilíbrio seja alcançado.        É imperativo, portanto, a execução de mecanismos que garantem uma flexibilidade no combate a fome e a desigualdade na sociedade brasileira.Assim, cabe a Secretárias Municipais de cada cidade, em paralelo com o Pronaf ( Programa de fortalecimento a agricultura familiar), proporcionar um suporte e apoio as famílias que tem como subsistência a agricultura, a fim de garantir uma auto-sustento desses indivíduos.Concomitantemente, passa a ser função também do Estado proteger e limitar os preços dos alimentos básicos necessários para uma nutrição adequada (arroz e feijão), assim como investir na educação de qualidade, com o propósito de futuramente garantir a empregabilidade da população.Assim, enquanto não atenuemos essas mazelas, espelhamo-nos nas belas palavras do humanista Mahatma Gandhi: "se queremos progredir devemos cuidar agora do bem estar de todos".