Materiais:
Enviada em: 14/03/2018

Comida para todos?    De acordo com o economista Thomas Maltus, a partir do século XVIII, a explosão demográfica desencadearia na falta de alimentos para grande parte da população. No entanto, ele não previu a chegada da Revolução Industrial, que alteraria toda a maneira de produção, implementando a indústria alimentícia no mercado. Contudo, apesar de, com as novas técnicas, a quantidade de comida ser capaz de suprir a todos no século XXI, 870 milhões de pessoas ainda passam fome. Logo, vê-se imprescindível o debate acerca de como a produção exacerbada ligada ao desperdício em excesso e problemas no transporte e acesso ao alimento refletem no meio social.     A cada minuto oito crianças morrem de fome no mundo. Essa problemática dá-se, principalmente, pelos elevados valores impostos pelo sistema econômico nos alimentos. A comida chega com preços inacessíveis, em virtude da desigualdade social,  a grande parte da população, devido aos desafios enfrentados na armazenagem, produção e transporte que, consequentemente, aumentam o custo. Como exemplo, de acordo  com a Organização das Nações Unidas de Comida e Agricultura (FAO),  a cotação de grãos, base da alimentação brasileira, teve acréscimo de mais de 50 por cento nos últimos anos, acarretando na elevação do preço da cesta de alimentos básica, o que deixa diversas famílias na miséria.     Além disso, o desperdício corrobora para a supersaturação do problema, visto que 33 porcento da comida produzida vai para o lixo. Alguns fatores responsáveis são: a perda durante a produção, seja por pestes, seja pela má armazenagem; o experdício nas vendas, dado que grande parte não é vendida por não estar ´´apresentável´´; e o desperdício nas residências, ocasionado pelo consumo exacerbado. Esses fatores coadjuvam para a supressão de cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos.     Dessa forma, o acesso justo à comida só será garantido se medidas forem tomadas. Portanto, cabe ao Governo Federal aliado à instituições privadas promoverem incentivos fiscais em mercados para que a comida pouco apresentável descartada seja mandada para outros estabelecimentos, a fim de vender por um preço mais acessível. Não só isso, como também cabe ao Ministério da Educação promover concursos de bolsas para estudantes de ensino superior no exterior para estudarem maneiras de solucionar os desperdícios na produção, como transgêneros, agrotóxicos não agressivos à saúde e melhorias na armazenagem. Desse modo, será possível mitigar essa problemática.