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Enviada em: 21/03/2018

No início do século XIX, o economista inglês Thomas Malthus afirmou que se o ritmo populacional continuasse crescendo daquela forma, um dia a quantidade de alimentos não seria suficiente para alimentar todos os indivíduos. Embora o número de habitantes tenha aumentado, os produtos alimentícios também aumentaram, consequentemente, aquela teoria estava errada. Sendo assim, a questão da fome no mundo não tem relação com a falta de comida, mas com a ausência de acesso aos alimentos. Essa falta de acessibilidade é causada pela alta concentração de renda e mudanças climáticas em alguns locais.            A fome pode ser entendida como uma subnutrição crônica - incapacidade em obter comida suficiente para atingir os níveis mínimos de energia necessários para uma vida saudável e ativa. Visto que, com a concentração de renda nas mãos de poucos, a maioria da população não tem emprego, tem rendimentos muito baixos e, em consequência disso, não consegue ter uma dieta balanceada. Dessa forma, impactos negativos são gerados como, por exemplo, a proliferação de doenças e o mau desenvolvimento físico e mental, uma vez que, a capacidade corporal de o indivíduo desenvolver células de defesa como os leucócitos é prejudicada pela falta de nutrientes.            Outro ponto que merece destaque é a questão da mudança climática. A seca, por exemplo, é um impacto silencioso que, embora não causa deslizamentos de terra nem destelha prédios, ela acaba com a possibilidade de comunidades inteiras sobreviverem da agricultura. Na África oriental, milhões de pessoas são afetadas por períodos de seca em consequência do fenômeno El Niño. Percebe-se, então, a necessidade de os países firmarem os compromissos com o Acordo de Paris – tratado internacional que tem como objetivo minimizar as consequências das mudanças climáticas.          Fica claro, portanto, que o crescimento econômico dos países é um dos fatores chaves para a redução da fome mundial. Entretanto, é necessário que esse desenvolvimento seja feito de maneira inclusiva, que abranja as populações vulneráveis. Isso pode ser obtido através de políticas públicas por meio de transferência de recursos, tanto financeiros quanto alimentícios ou outros materiais que a população carente necessita. Além disso, é importante que as ONGs promovam projetos para reunir ações como, por exemplo, um processo de pedagogia sobre como plantar de forma sustentável, evitando impactos climáticos, a fim de incentivar a sociedade a ingressar no setor agrícola, uma vez que, o aumento da produtividade amplia a demanda de trabalho no campo, gera mais empregos e, consequentemente, há uma alta no poder aquisitivo dos indivíduos e na sua capacidade de acesso à alimentação.