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Enviada em: 23/03/2018

Como previsto na constituição brasileira de 1988, é dever do Estado erradicar a pobreza e reduzir as discrepâncias sociais e regionais. No entanto, principalmente na região nordeste do país, essas problemáticas ainda perpetuam-se juntamente com a fome, impactando de forma negativa a vida de milhões de brasileiros.    É possível afirmar que a desigualdade social configura-se, sobretudo, pela falta de acesso à educação pública de qualidade. Nas regiões mais pobres e desiguais do país, o ensino é precário. Faltam professores, falta merenda escolar e também uma estrutura de qualidade para tornar-se um ambiente ideal para o aprendizado. Para o filósofo Immanuel Kant, ''O homem é tudo aquilo que a educação faz dele.'' Partindo desse pensamento, as chances que o governo dá ao adolescente mudar de vida, são mínimas.     Além disso, outra mazela que assola a vida dos necessitados é a falta de alimento. De acordo com a revista Veja, 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil, o que gera um paradoxo. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), 40 mil toneladas de alimentos vão para o lixo diariamente, o que poderia servir de sustento para 19 milhões de pessoas com as três refeições básicas, ou seja, iria extinguir a fome no país. É importante salientar que, em países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como é o caso dos países nórdicos, são muito mais intolerantes com o desperdício do que em nações pobres e desiguais.      É necessária, portanto, por meio do Governo Federal em parceria com os municípios, a implantação de instituições de ensino de qualidade em cidades com elevado grau de pobreza, para dar mais chances do indivíduo mudar sua situação através da educação. Além disso, cabe à mídia, em parceria com empresas agrícolas, disseminar o consumo racional da comida, por meio de propagandas de televisão e também o anúncio de campanhas para doações de alimentos destinados à famílias carentes.