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Enviada em: 27/03/2018

Somos um só   No início do século XXI, a desigualdade social é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é desigual e defende a muitas vezes a desigualdade. Por outros, as minorias que se distanciam do convencional se reúnem em processo de luta pelos direitos, algo necessário para construção de uma nação igualitária e isonômica.     O Brasil é um país pluralista, grupos sociais, crenças e linhas de classes sociais, defende em sua Constituição Federal o direito irrestrito à igualdade. Nesse cenário, tomando como base a legislação e acreditando na igualdade do Estado, as manifestações de grupos e a disseminação dos novos padrões não são bem aceitas por muitas pessoas. Assim, o que deveria caracterizar os diversos “Brasis” dentro da mesma nação é motivo de preocupação. Infelizmente, muitos ainda não lutam pelos preceitos das minorias coletivas, com isso, temos uma nação que precisa enfrentar problemas com coisas desiguais.    Conforme a Secretaria Especial dos Direitos Humanos alguns dados mostram vários exemplos de exclusão social, são 125 milhões de crianças no mundo não frequentam a escola, sendo dois terços delas mulheres, somente 1% dos deficientes físicos frequentam a escola em países subdesenvolvidos e emergentes e 12 milhões de crianças morrem por problemas relacionados com a falta de recursos por ano. Parafraseando Friedrich Nietzsche, é necessário haver desigualdade para se iniciar os direitos das minorias. Tomando como norte a máxima do autor, para construção é necessário lutar por direitos a partir de uma desigualdade construída ao longo do tempo, os indivíduos devem lutar pelas causas do coletivo. Assim, o Estado deverá pleitear os direitos de indivíduos injustiçados. O capitalismo esqueceu os menos favorecidos e favoreceu os que já tem, são sinais de um mundo injusto e altamente egoísta.  O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior autonomia aos movimentos e através dos três poderes deverá garantir, efetivamente, as oportunidades e proteção; a escola, formadora de caráter, deverá incluir matérias de altruísmo ligado a desconstrução e em todos os anos da vida escolar; a mídia, quarto poder, deverá veicular campanhas de diversidade, inclusão social e retorno das campanha de fome zero, algo benéfico para camadas mais pobres, combate a desnutrição deve partir de todos indivíduos, o pouco que se ajuda se consegue bons resultados. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, construir-se-á um Brasil mais respeitoso e com menos desigualdade.