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Enviada em: 29/05/2018

O Lixo e a Sustentabilidade na Sociedade Brasileira           Consumo. Irresponsabilidade. Descaso. Entre os vários fatores relacionados à problemática da gestão de resíduos no país, destaca-se a forte negligência do Estado. Isso se evidencia não apenas pela persistência do uso de lixões no Brasil, mas também pelos impactos ambientais gerados por eles.           Inicialmente, o uso generalizado de lixões no país nos mostra que o Brasil produz lixo como um país rico, porém trata a sua gestão como um país pobre. Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos, elaborada em 2010, determine a extinção de lixões em território nacional até 2021, a falta de fiscalização e os baixos custos mantêm eles atrativos. À vista de tal preceito, é inadmissível que em nossos dias os lixões continuem sendo o principal meio de descarte de resíduos sólidos no Brasil.           Outrossim, os impactos ambientais oriundos dos lixões são enormes. Enquanto que em aterros sanitários, que são um meio de descarte mais sustentável, há a proteção do solo para posterior utilização do local e o uso de gases produzidos pelos resíduos para a produção de biogás, nos lixões não existe qualquer tipo de proteção ao solo e os gases poluentes são liberados diretamente para a atmosfera. Desse modo, evidencia-se a situação alarmante e urge a necessidade de mudanças para melhorar essa situação.           Entende-se, portanto, que é imprescindível alterar o cenário da gestão de resíduos no Brasil. Logo, o governo federal deve investir na criação de novos aterros sanitários e adotar sanções aos lixões por meio do Ministério das Cidades e de decretos presidenciais com o estímulo ao descarte sustentável de resíduos e a imposição de barreiras financeiras. Assim, o país atingirá um novo patamar de sustentabilidade e evitará o surgimento de novos lixões, o que irá amenizar o problema e gerar uma maior qualidade de vida à população.