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Enviada em: 29/06/2018

A nova Ordem Ambiental, impulsionada na década de 1970, acentuou a necessidade de medidas que promovam o desenvolvimento sustentável. Essa conjuntura, desconstruiu a ideia do meio ambiente como fonte inesgotável de recursos e evidenciou a atividade antrópica irresponsável sobre a natureza. A partir disso, iniciativas, com a finalidade de coibir o despejo inadequado de resíduos, foram colocadas em pauta e efetivadas. Todavia, o consumismo exacerbado e a desigualdade de investimentos no saneamento básico,  presentes no Brasil, são fatores que se opõem a ordem vigente e, portanto, devem ser superados.                   Nos anos 1990, período pós Collor, ocorreu a abertura econômica brasileira. Nesse contexto, com o Brasil inserido em uma economia mundial globalizada, há um aumento exponencial da produção de produtos gerais. Assim, novidades como os descartáveis, os enlatados, as garrafas PET e entre outros, favorecem o consumismo desenfreado. Hodiernamente, o país enfrenta problemas acarretados por esse consumo e, consequentemente, pelo grande volume de lixo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apenas 3% dos resíduos sólidos são reciclados. Desse modo, repensar o consumismo por tendência ou modismo deve ser um fator alcançado.                   Ademais, devido a concentração industrial histórica no Centro-Sul, são notórios a escassez e a disparidade do saneamento básico em relação às regiões norte e nordeste. Isso pode ser comprovado com os dados divulgados pela BBC Brasil, os quais revelam que cerca de 80% dos lixões e dos aterros irregulares do país estão localizados nas regiões mais periféricas. Partindo disso, percebe-se que uma grande parcela da sociedade tem sua qualidade de vida impactada negativamente. Dessa forma, cabe a gestão pública corrigir esses desajustes.               Por conseguinte, são perceptíveis os entraves para o bom gerenciamento do lixo. Logo, é mister que haja uma reeducação dos cidadãos quanto ao meio ambiente, a partir do incremento de campanhas publicitárias e palestras que enfatizem as políticas de redução do consumo e do reaproveitamento dos resíduos, a exemplo a política dos 5 Rs. Outrossim, é necessário que os recursos governamentais sejam melhores aplicados, por parte da gestão pública e de empresas privadas, a fim de ampliarem aterros sanitários adequados nas regiões geoeconômicas prejudicas. Com essas medidas, espera-se uma sociedade mais consciente e o fortalecimento do censo de responsabilidade ambiental.