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Enviada em: 30/06/2018

O que sobra vai parar aonde?       Como consequência do êxodo rural, a maioria das cidades brasileiras foram formadas mediante às necessidades momentâneas. Consequentemente, a conjuntura desses centros sociais não obteve qualquer abordagem a respeito de futuros problemas e, por parte dos gestores, não houveram planejamentos ou investimentos. Por trazer sequelas até os dias atuais, o problema a respeito da gestão de resíduos na sociedade brasileira permanece em discussão.      O processo de formação das cidades brasileiras foi dado de maneira conturbada e desprovido de qualquer planejamento. Entretanto, o avanço capitalista e suas manobras de estímulos ao consumo tornaram as cidades centros de consumismo compulsório e, consequentemente, gigantescas produtoras de lixo, de tal forma que o descarte desses materiais de maneira irregular criam desajustes em todo o ecossistema. Exemplo disso são os microplásticos, presentes em vários produtos de higiene e beleza, e os canudos plásticos, responsáveis por grande poluição de oceanos e a inserção de plástico na alimentação de animais marinhos.      Acresce também o descarte irregular de resíduos orgânicos, como os esgotos e o lixo, que são depositados no meio ambiente sem qualquer tratamento prévio, poluindo o solo, os rios e o lençol freático. Esse fato ilustra o descaso e o desinteresse de políticos em relação às cidades e seus moradores, tendo em vista os grandes prejuízos e a falta de investimento para soluções plausíveis. Ainda por cima, o avanço tecnológico e seu grande potencial tóxico e prejudicial ao descarte irregular dos resíduos coloca a população mundial em situação de risco e desamparo.      Em síntese fica explícita a necessidade de melhoria na gestão dos resíduos da sociedade brasileira, tendo em vista os prejuízos ambientais e sociais que essa é capaz de produzir. É evidente a necessidade de cobrança da população com os gestores públicos, tendo em vista maiores investimentos com o descarte de materiais, não só orgânicos, como lixos e esgotos, mas também eletrônicos e todos os resíduos potencialmente poluidores. A educação ambiental deve ser adicionada ao currículo escolar a fim de conscientizar a população, assim como, a reciclagem deveria ser obrigatória em todas as residências para a redução de resíduos e uma maior sustentabilidade das cidades. É importante ressaltar a necessidade dessas mudanças nos dias de hoje para que o futuro possa ser de equilíbrio e tranquilidade a todos.