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Enviada em: 11/07/2018

De acordo com a Primeira Lei de Newton, um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força atue sobre ele. Seguindo essa linha de raciocínio, destaca-se que má gestão dos resíduos está acontecendo porque o Estado tanto quanto a sociedade não estão exercendo uma força para mudar o sentido dessa irresponsabilidade. Dessa forma, sem mudanças, o meio ambiente, a própria população e as futuras gerações pagaram um preço caro por causa das toxicidades geradas por esse fator.      Em primeiro Lugar, é indubitável que o Projeto de Lei implementado pelo Governo, em 2010, possui uma excelente iniciativa: acabar com os lixões a céu aberto. Contudo, essa ideia, em pleno 2018, parece utópica, afinal segundo Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, 40% dos resíduos continuam indo para os lixões. Tal realidade traz inestimáveis problemas para a sociedade, de modo que os descartes inadequados geram não só um líquido tóxico, chorume, que polui o lençol freático, mas também ajuda a aumentar os gases de efeito estufa, haja vista que as bactérias decompositoras liberam gás carbônico. Desse modo, fica evidente a necessidade do Estado de se empenhar para alcançar as expectativas de 2010.    Outrossim, o modo capitalista consumista que permeia toda a sociedade ascendeu consideravelmente com a Terceira Revolução Técnico-científica-informacional, de modo que aumentou o número de resíduos, dificultando,assim, as ações do Governo para melhorar a gestão dos lixos. Além disso, as empresas,visando o lucro, implementaram a obsolência programada, a qual diminui a durabilidade dos produtos para, desse modo, aumentar o consumo. Com consequência, se a população acompanhar o crescimento da Teoria de Malthus, progressão geométrica, não haverá, futuramente, locais para descartar os resíduos.    Diante dos supracitados, evidencia-se que o Poder Público precisa não só destinar mais verbas para melhorar a gestão de resíduos, mas também multar os que não se adequarem a politica do fim dos lixões a céu aberto. Dessa forma, o restante das cidades conseguirão instalar aterros sanitários que tratará o chorume, podendo até gerar energia através de biodigestores, o que irá diminuir o impacto ambiental. Ademais, a sociedade deve cobrar pelo fim da obsolência programada, por meio de protestos e manifestações, tanto quanto diminuir o consumo exagerado, buscando, assim, submergir o contingente de resíduos. Logo, com cada setor fazendo sua parte, conseguiremos a força necessária para mudar essa realidade.