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Enviada em: 19/07/2018

O filme "Wall-e", da Disney, retrata um futuro no qual a humanidade esgota os recursos da Terra e lotam o planeta e a atmosfera de lixo, inviabilizando a vida nesse meio. Baseando-se nessa perspectiva, hodiernamente, o Brasil apresenta-se com a problemática devido ao consumo desenfreado somado a uma política de lixo falha e com falta de destinos mais eficientes, como os aterros sanitários.          A priori, com o advento da Revolução Industrial e posteriormente com a Globalização, o consumo do corpo social aumentou exorbitantemente. Assim, no livro "Modernidade Líquida", Zygmunt Bauman afirma que as pessoas passaram a gerar mais lixo devido ao consumismo, pois a prioridade não é mais acumular bens, mas usá-los e descartá-los. Dessa maneira, o indivíduo pode adquirir uma novidade do mercado, principalmente, tecnológico. Paralelamente, a gestão dos resíduos sólidos não é tão eficaz, acumulando os rejeitos em lixões a céu aberto sem nenhum controle. Além do mais, não existe na sociedade uma mentalidade de reutilizar e nem de jogar os resíduos no local correto ou separar o lixo por material, o que acaba sendo ineficaz, visto a falta de coletas seletivas e aterros sanitários.       Ademais, o consumismo elevado acarretou na maior produção de lixo, o qual descartado da maneira incorreta desencadeia diversos percalços. Destarte, consoante o sítio virtual "Exame", o brasileiro produz cerca de 1,2 quilogramas de detritos por dia. Por conseguinte, o destino desses rejeitos vão para lixões, nos quais há poluição do ar, do solo e também dos lençóis freáticos, que desemboca nos rios e chega novamente ao consumidor. Além disso, o descarte incorreto pode gerar focos para a multiplicação de doenças e ainda pode acarretar o entupimento de bueiros, gerando inundações nas grandes e médias cidades.          Perante as conjunturas sobreditas, é imprescindível a atuação do Estado na construção de mais aterros sanitários, previsto na Carta Magna de 1988. Desempenhando, portanto, maiores coletas e reciclando ao máximo através da coleta seletiva, impedindo que o lixo fique nas cidades servindo como foco para a proliferação de doenças. Ainda o Estado junto à mídia, devem realizar projetos, a fim de elucidar a população a necessidade de produzir menos lixos e reutilizar ao máximo, além de diminuir o uso de produtos descartáveis e optarem por objetos biodegradáveis. Por fim, é preciso a fusão de ações da escola e da família, sempre promovendo debates sobre o lixo e suas consequências, ensinando a abordagem corretas dos rejeitos, como também a separação deles por diferença de material.