Materiais:
Enviada em: 15/08/2018

Manufaturação Insustentável        Segundo Naess, ecologista norueguês, é preciso pensar como uma montanha para que o ego humano não transcenda os limites naturais. Entretanto, notabiliza-se no Brasil uma negligenciação a epígrafe do filosofo, sobretudo quando se percebe o mastodôntico acumulo de detritos sólidos na Nação. Nessa conjuntura, dois dilemas são óbices para resolução da problemática: o consumo exacerbado factual bem como o mal gerenciamento no descarte desses materiais.       Inicialmente, é relevante destacar a aquisição de produtos como fator de aumento na produção de lixo. Nesse contexto, é notória as consequências advindas de mais de dois séculos de intensas revoluções. Só para exemplificar, a principal característica da sociedade pós-moderna é o consumo em massa, no qual - influenciado pela Industrial Cultural - o indivíduo se vê na obrigação de adquirir objetos sem préstimos para suprir uma pseudo-necessidade de manter ou elevar o seu status social. Sendo assim, é preciso, a priori, reeducar as pessoas em relação à sustentabilidade.       Outrossim, a forma de descarte dos detritos é coeficiente primordial para constância do impasse. Dentro dessa lógica, embora exista uma Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), essa apresenta déficits de eficiência, visto que desde de sua elaboração, adiou em sete anos a extinção de lixões a céu, considerados hoje uma ameaça constante a homeostase social, uma vez que a aglomeração não tratada de resíduos relaciona-se não somente com aspectos ambientais mas também com a estabilidade da saúde pública.      Dessa forma, a fim de mitigar a problemática, o Poder Legislativo deve propor melhorias a jurisprudência da política de resíduos atuante, com intuito de agilizar a substituição dos lixões existentes por aterros sanitárias e, em parceria com núcleos tecnológicos, dispor de recursos que sofistiquem o tratamento dos detritos e beneficiem os labores desses ambientes. O tecido social deve  amenizar o consumismo latente, com a intenção direta de decrescer a produção desses elementos. Assim, poder-se-á utilizar a consciência coletiva como arma contra a problemática do lixo no Brasil.