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Enviada em: 01/09/2018

Antes do processo da primeira Revolução Industrial, o lixo produzido nas residências era composto basicamente de matéria orgânica, já que as indústrias ainda estavam começando a se desenvolver. Dessa forma, o lixo era fácil de ser eliminado, diferentemente dos dias de hoje, os quais, especialmente no Brasil, devido à desenfreada cultura do consumismo, aliada ao não desenvolvimento de políticas sustentáveis eficazes, são enfrentados diariamente desafios socioculturais e políticos para a gestão de resíduos sólidos.    Vale ressaltar, a princípio, que, com a ascensão da classe média no início do século XXI, assim como com o fortalecimento do modo de vida capitalista, as práticas de consumo passaram a crescer significativamente sem necessariamente haver um crescimento da sociedade equivalente. Nesse viés, é indubitável que consumir tornou-se necessário para se viver bem, de modo que as pessoas sentem a necessidade de estarem sempre mostrando suas novas aquisições materiais nas redes sociais, o que é explicado, por exemplo, pelas indústrias da moda e de eletrônicos, as quais, por meio da obsolescência programada, fabricam produtos que duram menos tempo e, logo, precisam ser substituídos e descartados.    Em decorrência disso, entende-se as frequentes notícias sobre lixões e aterros cada vez mais lotados e torna-se nítido que a sociedade consome muito e não tem uma cultura de descarte adequada, dificultando a gestão da enorme variedade de resíduos sólidos descartados diariamente. Visto isso, a população não tem incentivo para promover a separação correta do lixo, prejudicando a política dos 3 R's (reciclar, reutilizar e reaproveitar) bem como o trabalho de catadores que recolhem latinhas, por exemplo, para vender e gerar uma fonte de renda.    De acordo com o supracitado, já que a cultura do consumo está cada vez mais presente na sociedade brasileira, é de extrema importância a separação e o descarte adequado dos diferentes tipos de resíduos sólidos. Para isso, os governos municipais precisam reforçar as campanhas de coleta seletiva nas cidades. Pesquisadores ambientalistas devem ser contratados para ensinar em escolas e praças públicas a separação correta do lixo. Além disso, os representantes dos governos municipais têm que formular leis que permitam que apenas os lixos separados sejam recolhidos.