Materiais:
Enviada em: 04/09/2018

Conforme o sociólogo Émile Durkheim, o homem é o produto da sociedade. Sob esse viés, transformações decorrentes da globalização exigem novas atitudes até mesmo no que diz respeito à gestão de lixo no Brasil, haja vista que esse é um dos grandes obstáculos atuais. Destarte, convém analisar as principais causas e os efeitos dessa temática.        Em primeira análise, é válido ressaltar os motivos desse contexto. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é precária a situação de destino final do lixo produzido no país. Isso se dá, entre outros fatores, por causa da frequente falta de ações sustentáveis realizadas pela maioria da população brasileira e também pelo consumo exacerbado de materiais eletrônicos, os quais, geralmente, não são reciclados. Ademais, a péssima logística de gestão de lixo realizada pelos governos estaduais colabora com esse triste quadro.       Por conseguinte, surgem-se diversos infortúnios. Segundo a Constituição de 1988, o meio ambiente possui o direito de ser preservado; todavia, infelizmente, nem sempre essa assertiva concretiza-se, uma vez que, sem as condições adequadas de tratamento de lixo, aumenta-se o número de lixões a céu aberto, os quais,por transmitirem gases tóxicos à atmosfera - tal qual o metano - contribuem com a elevação do aquecimento global e outros problemas afins.Infere-se, pois que o Poder Público tem demonstrado incompetência em relação aos direitos do ambiente.       Fica evidente, portanto, que esse cenário hediondo urge por mudanças. Então, o Governo deve, por meio de subsídios doados pela Receita Federal, elaborar um projeto que atenue esse impasse. Nesse programa,os impostos serão utilizados por algumas prefeituras para criar locais de coleta seletiva e promover campanhas de conscientização social, as quais incentivem práticas sustentáveis,tal qual a reciclagem. Espera-se, com essas medidas, fornecer uma melhor gestão de lixo e garantir os benefícios constitucionais do ambiente. Desse modo, o homem pode-se tornar produto de uma sociedade mais equilibrada, como proposto por Durkheim.