Enviada em: 08/10/2018

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; Cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, recai sobre o homem a necessidade de tornar o mundo mais sustentável. O descaso governamental com a gestão do lixo urbano atrelado à falta de conscientização popular acerca da correta separação do lixo, refletem essa questão.        Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o descaso governamental em relação ao Política Nacional de Resíduos Sólidos é um fator preponderante para a má gestão do lixo no Brasil. Tal plano tinha como objetivo substituir todos os lixões por aterros sanitários até o ano de 2014. Contudo, o cenário visível é de completa negligência estatal, tendo em vista que ainda existem cerca de 3000 lixões no país, segundo o IBGE. Nesse âmbito, a omissão municipal corrobora para sérios problemas ambientais com a deposição de chorume e metais pesados que contaminam lençóis freáticos. Além disso, causa a disseminação de vetores de doenças, tornando-se um grave problema de saúde pública.      Ademais, convém salientar que a falta de conscientização popular e o baixo investimento em coleta seletiva, perpetuam os ínfimos índices de reciclagem no Brasil. Apenas 13% dos resíduos sólidos são reciclados, aponta o G1. Sob esse viés, a falta de propagandas informativas acerca da importância ambiental e econômica da separação adequada do lixo para reciclagem, corroboram para perpetuar esse quadro. Outrossim, a ausência de companhias públicas de coleta seletiva tornam-se impeditivos para a reciclagem desses resíduos, tendo em vista que 85% da população brasileira não tem acesso a esse serviço.      Diante desse contexto, torna-se necessária a adoção de medidas. Portanto, o Ministério do Meio Ambiente pode enviar verbas para as cidades se adequarem ao atual Política de Resíduos Sólidos. Com essas verbas, as cidades poderão se adequar, substituindo os lixões por aterros sanitários e biodigestores para produção energética. Além disso, poderão contratar empresas coletoras de lixo, para uma reciclagem eficiente.