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Enviada em: 05/10/2018

Com a Revolução Industrial, o avanço das fábricas e a urbanização, o aumento de resíduos sólidos tornou-se considerável. Da mesma forma acontece na contemporaneidade, devido ao avanço tecnológico e ao crescimento do consumismo. Nesse contexto, nota-se que a ineficiência de políticas públicas voltadas para a correta gestão do lixo, em conjunto com um acréscimo excessivo desses resíduos, dado pela intensificação do sistema capitalista, contribuem com o acúmulo dos sedimentos e a permanência da má administração.        Em primeiro lugar, é válido ressaltar que acontece a gestão municipal do lixo produzido nas cidades. No entanto, essa gerência acontece de maneira incorreta, tornando-a ineficiente. Grande parte dos Municípios brasileiros depositam esses detritos coletados em aterros sanitários, que apesar de serem considerados a melhor alternativa, não recebem a devida manutenção. A matéria orgânica, quando posta nesses aterros, emitem gases que contribuem com problemas ambientais, como o aquecimento global. Contudo, segundo dados da Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), a matéria orgânica compõe mais de 50% do lixo residencial, tendo apenas 3% utilizado em técnicas sustentáveis (como a compostagem), o que prova que a gestão e a preservação não são feitos de maneira correta.          Soma-se a isso a expansão do capitalismo e do consumo, que colaboram com o aumento do lixo. Devido a ascensão do modelo que prioriza o capital, a obsolescência programada, tendência coletiva de mercado que visa diminuir a vida útil dos produtos para coagir os indivíduos a comprar e descartar mais, foi imposto na sociedade. Essa “técnica”, ao obrigar o descarte excessivo, faz com que a quantidade de resíduos eleve de maneira assombrosa. Exemplo disso é a empresa Apple, que a cada ano lança uma nova geração do telefone celular “Iphone”, diminuindo assim, a durabilidade dos anteriores.       Sendo assim, ao entender que a má gestão e o descarte excessivo contribuem na problemática, medidas devem ser tomadas. É dever dos Municípios maximizar o reaproveitamento dos resíduos, por meio da criação de postos de coleta seletiva, com o intuito de diminuir a quantidade de lixo destinado a aterros. Ademais, é responsabilidade de ONGs promover intervenções sociais, que visam levar a educação ambiental à toda população, com intuito de diminuir o descarte. Espera-se que, dessa forma, a gestão seja feita corretamente.