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Enviada em: 29/10/2018

No século XVIII, aconteceu na Inglaterra a I Revolução Industrial, que trouxe diversos avanços para a sociedade capitalista, mas, ao mesmo tempo, exacerbou a emissão de poluentes e a degradação ambiental. No entanto, a discussão acerca dos problemas causados ao meio ambiente só foi de fato iniciada, na Conferência de Estocolmo, em 1972, quando líderes de diversos países se reuniram em busca de soluções para a poluição causada pela ação antrópica. Hodiernamente, no Brasil, uma das principais dificuldades de ordem ambiental é o descarte de resíduos sólidos, desafio que deve ser discutido e enfrentado por toda a sociedade.    Nesse contexto, é preciso destacar que a quantidade de lixo gerado pela indústria, e principalmente, pela população, tem se tornado exorbitante, em decorrência do incentivo irrestrito ao consumismo, que leva à maior geração de resíduos. Esse fato é agravado pela ideia que as pessoas tem de que, ao descartar um objeto na lixeira, ele simplesmente desaparece, o que não condiz em nada com o princípio do cientista Lavoisier, ao afirmar que "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."      Apesar da enorme produção de lixo, existem saídas para o problema, como a reciclagem de materiais 'secos' e compostagem de orgânicos para produzir adubo. Todavia, o que mais ocorre é o descarte inadequado, principalmente devido à falta de recursos destinados à área ambiental, o que se deve, principalmente, a prevalência de interesses econômicos na  destinação de verbas,nas esferas do Executivo e do Legislativo brasileiros. Porém, essa situação gera prejuízos para o próprio ser humano, como a contaminação de lençóis freáticos e a disseminação de agentes causadores de doenças, o que dialoga diretamente com a frase do filósofo Hans Allois, ao afirmar que "a indiferença com o meio ambiente é a conivência com a nossa destruição.     Destarte, é fundamental que sejam tomadas medidas com o fito de reduzir a produção de lixo e dar destino adequado aos resíduos. Inicialmente, o Poder Público deve dar incentivos fiscais às empresas ambientalmente sustentáveis, de forma a estimular essa prática. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente deve destinar recursos à construção de galpões de reciclagem nas cidades e à formação de grupos de catadores, o que, além de reduzir a quantidade de lixo, gera renda para a população de classes menos favorecidas. Dessa forma, será possível construir uma sociedade que preserva os recursos para a sobrevivência do planeta e da espécie humana.