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Enviada em: 15/10/2018

“O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.” A frase proferida pelo filósofo grego Demócrito, no século IV a.C., já alertava sobre a humanidade e seu consumo exacerbado. Ademais, o consumo não consciente tem gerado problemas com a gestão dos resíduos sólidos no Brasil. Nesse contexto, convém analisar como a geração e a destinação destes resíduos representam um desafio para o país.        A princípio, cabe ressaltar que, a cada dia, os brasileiros estão gerando mais lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada ser humano consome, em média, 9 toneladas de materiais ao longo de sua vida, ao gerar lixo em níveis elevados e, notadamente, a dimensão do impacto da atividade humana na Terra. Não há dúvidas de que é imprescindível a prática de hábitos de consumo sustentável, como aponta Demócrito, para eliminar este quadro tão alarmante.        Além disso, a destinação inadequada do lixo provoca sérias consequências à saúde pública e ao meio ambiente. Segundo o relatório intitulado Panorama dos Resíduos Sólidos, 59,7% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sólidos em locais impróprios e 76,5 milhões de pessoas sofrem, consideravelmente, os impactos negativos causados pelo destino inadequado dos resíduos. É inquestionável a necessidade de políticas efetivas para a prática dos 5 R´s (reduzir, repensar, reaproveitar, reciclar e recusar).        Dessa forma, para garantir a gestão eficaz do lixo, é necessário, portanto, maior atuação do Estado. Nesse sentido, o Governo Federal deve, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, financiar um programa de implementação dos 5 R´s em todos os municípios brasileiros, que inclua a contratação de profissionais e gestores ambientalistas para ensinar estas práticas aos cidadãos. Espera-se, com isso, reduzir o consumo, proporcionar o crescimento da reciclagem e combater os efeitos nocivos tanto no ambiente quanto na saúde dos brasileiros.