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Enviada em: 25/10/2018

No limiar do século XX, o Brasil passou por um intenso processo de urbanização, o qual foi marcado pela falta de planejamento das cidades e de seus equipamentos urbanos. Além disso, é notório afirmar que o manejo do lixo se encontra nessa problemática de desenvolvimento urbanístico desordenado, pois há um grande número de lixões existentes e uma coleta seletiva quase inexistente. Portanto, a questão da gestão de resíduos tem sido falha na sociedade brasileira e para que essa problemática seja amenizada é preciso integrar o destino adequado de rejeitos a um consumo sustentável.    A princípio, a ineficácia no gerenciamento de efluentes é resultado de poucos investimentos tanto nacionais como municipais de porem em prática a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esta prevê a diminuição da produção e do desperdício de substratos sejam eles orgânicos ou não, além de incentivar a política dos 3R's - reduzir, reutilizar e reciclar. Outrossim, devido a debilidade da administração dos detritos por parte das prefeituras, a população tupiniquim sofre com a presença de lixões a céu aberto, porque estes são grandes centros disseminadores de doenças - como a leptospirose transmitida por ratos que são atraídos pelo lixo - e também por produzirem chorume, substância tóxica, que contamina os solos e os lençóis freáticos.     Ademais, não há em todos os estados brasileiros um espaço apropriado para o destino do lixo como os aterros sanitários - locais onde os resíduos recebem um tratamento de compactação dividido em camadas -, pois como é um processo caro e sem retorno a curto prazo, muitos governantes não os fazem. É importante salientar também que as comunidades têm responsabilidades tanto no descarte dos rejeitos quanto no consumo sustentável e consciente, já que muitas pessoas são movidas pelo capitalismo e pela compra desordenada de objetos e alimentos que terminam sendo desperdiçados e jogados em lugares indevidos. Por isso, se possível, sempre despeje os dejetos em lixeiras seletivas para que seja possível usar a política dos 3R's, além de facilitar as atividades nos aterros.    Diante dos fatos supracitados, é possível notar que a má gestão dos resíduos sólidos traz consequências à vida dos indivíduos e se faz necessário aliar um local apropriado para o descarte junto ao consumo sustentável. Dessa forma, o Ministério da Saúde, juntamente às prefeituras, deve promover a ação da Política Nacional de Resíduos por meio da construção de aterros sanitários, promoção da coleta seletiva tanto pública como individual - com lixeiras seletivas distribuídas pela cidade - e incentivo à reciclagem e reutilização de materiais com projetos de valorização da "trash" arte realizados em espaços públicos como escolas para que a problemática dos lixões a céu aberto sejam amenizados e com ele diminua a contaminação de pessoas e do meio ambiente.