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Enviada em: 31/10/2018

No século XIV, a convivência com o lixo era comum na Europa e foi causa motivadora da pandemia conhecida como ''Peste Negra''. Com efeito, a inabilidade medieval na gestão do lixo — responsável pela peste bubônica europeia — a ainda realidade no Brasil e evidencia o caráter retrógrado da gestão de resíduos sólidos da sociedade brasileira. Nesse sentido, os impactos ambientais e a omissão do Estado hão de ser desconstruídos.  Deve se pontuar, de início, que a gestão ineficaz do lixo fragiliza a sustentabilidade. Quanto a essa questão, é notório que a administração arcaica do resíduos representam obstáculos. Além disso, durante a Baixa Idade Média eram comuns terrenos baldios destinados aos rejeitos humanos, facilitando a proliferação de roedores que causava a peste bubônica — doença transmitida pela pulga do rato — e a população acreditava que era um castigo divino. Assim, fica evidente que a falta de higiene  facilita para o aparecimento de doenças como essa.  Vale ressaltar, também, que no Brasil a grande diferença é que não existe a peste negra, mas por terem o mesmo modelo de preparação de despejo torna-se realidade a propagação de doenças. De outra parte, a gestão ineficiente do lixo representa obstáculo para o combate à poluição. Nesse viés, o Ministério do Meio Ambiente afirmou em 2015 que 75% dos resíduos vão para os lixões, que contaminam o ambiente com ácido sulfídrico (H2S) e chorume — substância capaz também de atingir os lençóis freáticos e contaminar a água.  Portanto, medidas são necessárias para combater esse impasse. O  Estado deve construir aterros sanitários, com manta de PVC e argila para que o chorume não polua os lençóis freáticos e solamento superior evitando contaminação do ar e atração de animais que se alimentem dos resíduos orgânicos, a fim  do tratamento térmico do biogás com motores de combustão gerando assim energia elétrica. Compete  a sociedade, focar mais na reutilização, por meio de campanhas nacionais, como forma de estímulo à redução da falta de controle ao direcionamento dos resíduos.