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Enviada em: 09/04/2019

As problemáticas que envolvem a gestão de resíduos na sociedade brasileira são, até para os olhos menos atentos, umas das maiores adversidades da atual conjuntura social. Com a chegada do Toyotismo, modelo econômico iniciado no Japão, e do conceito de obsolescência programada, no qual o produto já tem um prazo pré-determinado de duração, a geração de lixo cresceu substancialmente, de modo que o Brasil, por exemplo, tornou-se o quinto maior produtor de lixo sólido do planeta, de acordo com a Associação Brasileiro de Supermercados (Abras), fato esse que veio associado a baixa porcentagem de lixo adequadamente destinado no país. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: a falta de ações governamentais afirmativas que lide de maneira correta com o lixo e as consequências do tratamento inadequado desses detritos para a saúde da população.    Ao partir dessa realidade, a escassez de medidas governamentais que lide com o lixo e que atinjam todo o território nacional corrobora de maneira significativa para a problemática. A gestão atual de resíduos gera grandes prejuízos, sejam eles ambientais, com a contaminação do solo e dos lençóis freáticos, por exemplo, de modo a prejudicar futuras plantações além de um enorme prejuízo a população, que tem suas águas contaminadas, sejam eles econômicos, com desperdício da potencialidade do lixo para geração de energia , como, por exemplo, por meio do biogás e das termelétricas de lixo. Dado que revela o descaso governamental com o caso é o fato de que a Política Nacional De Resíduos Sólidos de 2010 determinava o fechamento de todos os lixões a céu aberto no país até 2014, e até o ano atual a ação ainda não foi cumprida.   Nesse viés, está as consequências do tratamento inadequado dos detritos para a saúde da população. Viroses, leptospirose, dengue e diarreia, são alguns exemplos da má gestão de resíduos no país, e, de acordo com a Associação Internacional de Resíduos, 75 milhões de brasileiros sofrem com essas consequências. O fato é que, a destinação e tratamento correto do lixo é de responsabilidade governamental, mas a população também precisa contribuir, de modo a separar seu lixo doméstico de maneira adequada, por exemplo, ação essa que pode influenciar mais pessoas.   Logo, cabe ao Ministério do Meio Ambiente criar medidas afirmativas que funcionem para todo o território brasileiro, por meio, por exemplo, de uma fiscalização rigorosa nas indústrias e hospitais para que esses façam o descarte correto de seu lixo e que busque cumprir a ação já citada acima a cerca do fechamento dos lixões a céu aberto ainda existentes, de modo a diminuir, por exemplo, a emissão de gases estufa. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde orientar, por meio de palestras, a população a fazer o descarte correto de seu lixo doméstico, para que assim os impactos sobre a saúde diminuam.