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Enviada em: 08/08/2019

Após a previsão da ONU sobre a possível crise ambiental no mundo de 2050, vários países passaram a adotar medidas urgentes para tentar evitar tal situação, entretanto, mesmo diante desse cenário, a gestão de resíduos produzidos pelos humanos continua sendo, na maioria dos casos, menosprezada, o que torna necessário o debate sobre o tema e ações acerca deste.         A exemplo do mau direcionamento de matérias despejados, o Brasil apresenta um grande déficit de investimentos governamentais em ações relacionadas ao meio ambiente, como divulgado pelo IBGE através da pesquisa do Perfil dos Estados Brasileiros-Estadic 2013, e, dentre essas ações, a maior parte dos subsídios são utilizados para questões florestais e hídricas, o que torna visível a falta de atenção que os descartes de materiais humanos recebe. A partir de tal preocupação, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) desenvolveu a lei 12.305/10, com o objetivo de obter a reciclagem de pelo menos 20% do total dos resíduos até 2015.      No entanto, a página virtual da Câmara dos Deputados expõe que a implantação dessa medida apresentou poucos resultados, de tal modo que o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2015 mostrou o crescimento de 1,7% do lixo no país e, do total, cerca de 30 milhões de toneladas de lixo ainda são direcionadas, por ano, aos aterros irregulares, sendo depositadas sem qualquer tratamento, gerando grande contaminação e má qualidade de vida.        Tendo em vista o que foi supracitado, é de essencial que os governos municipais apliquem maiores investimentos aos materiais descartados e à reciclagem, para que assim a PNRS, em colaboração com o Congresso Nacional, dedique-se novamente à lei de gestão de 2010, de tal modo que estenda o prazo e fiscalize com maior rigidez a execução, em cada estado, dos objetivos propostos, sendo esses a construção de aterros sanitários, a separação e coleta seletiva dos detritos e o tratamento destes, por exemplo, para evitar os comumentes conhecidos malefícios que esses resíduos causam, como a proliferação de doenças, mosquitos e contaminações, para que a partir disso, o Brasil se torne um país exemplo em relação à gestão do lixo em um mundo cuja a crise ambiental, atualmente, é o problema mais significativo.