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Enviada em: 08/08/2019

A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, foi uma grande potencializadora do consumo em massa e da produção de lixo. Contudo, a obsolescência programada, a sociedade consumista e o mal uso de potenciais socioeconômicos dos resíduos não foram planejados com a ascensão do novo modelo industrial. Logo, é necessário que medidas sejam exercidas para que a sociedade brasileira realize uma melhor gestão dos seus resíduos e lixos.         Mormente, é indubitável que o sistema produtivo obsoleto estimula o consumismo e, consequentemente, a produção de mais lixo. Isso é evidente no documentário "A história da coisas", o qual enfatiza como, depois da Segunda Guerra Mundial, os produtos se tornaram de pouca duração e o consumismo um método necessário para o progresso do país. Com isso, os indivíduos se transformaram em "coisas", assim como seus resíduos, os quais são ignorados depois de descartados. Em vista disso, depois do descarte, a população não se preocupa com o seu destino, propiciando prejuízos para saúde e o ambiente desse mesmo corpo social.         Ademais, com a má administração dos resíduos do país é inevitável a perda da sua potencialidade socioeconômica. Nesse viés, quanto ao critério social, observa-se o lixo como negócio, visto que ele é um gerador de emprego e renda para a parcela da população que realiza atividade de catação. Noutra via, o deficitário reaproveitamente da matéria prima nas industrias, a chamada logística reversa, também é um empecilho para o bom extrato econômico dos resíduos, haja vista que eles podem gerar mais lucros sendo inseridos na cadeia produtiva das fábricas. Como consequência dessa falta de gestão, o resíduo se torna apenas lixo, acumulando no planeta e não sendo usado para favorecer o crescimento do país nos âmbitos sociais e monetários.         Destarte, é imperioso que os Governos Estaduais realizem uma parceria público-privada, com em empresas especializadas em gestão de lixo, para facilitar a execução da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), realizando, ainda, campanhas midiáticas que incentivem a melhor administração dos resíduos pela população. Outrossim, o Ministério da Educação, por meio de ações educativas, deve ensinar sobre manipulação de resíduos para os jovens e quais seus impactos no mundo, formando indivíduos conscientes. Logo, um pleno desenvolvimento social e a melhor utilização do lixo deixarão de ser uma utopia no Brasil.