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Enviada em: 26/06/2017

Por um Homem Sartreano    De acordo com o pensador Jean-Paul Sartre, a nação humana é livre e, consequentemente, responsável por seus atos. Por isso, figura-se como um dever antrópico fazer a gestão de seus resíduos ter boa qualidade. No Brasil, entretanto, a falta de políticas ambientais e o descaso populacional tornam essa questão um desafio - que, caso não seja resolvido, continuará a trazer realidades negativas à natureza e  à população.    De início, vê-se que, nessa sociedade, o lixo geralmente não tem o destino recomendado. Isso se dá porque, segundo dados de 2013 do IBGE, apenas 37% dos estados do país dispõem de programas recicladores de resíduos - o resto muitas vezes acaba em lixões e, como resultado, não é reaproveitado com possibilidade de ser revertido em lucro ou em algum objeto sustentável. Além disso, como forma de piorar esse contexto, em diversos casos, os brasileiros, ao invés de descartar em locais apropriados, jogam seus detritos em ruas, gramados, entre outros. Dessa forma, a quantidade de despejos que chegam à reciclagem se torna ainda menor.    Diante desse cenário, constatam-se variadas consequências. Conforme alega o filósofo Friedrich Schiller, a violência, sempre que se manifestar, será uma atitude terrível. Nesse sentido, a natureza também é agredida pela problemática, em virtude de os lixões, alimentados por descartes sem destino adequado, produzirem chorume, um líquido capaz de converter em imprópria a água de lençóis freáticos e lagos mais próximos. Ademais, no cenário das cidades, os lixos acumulados em áreas incorretas, além de causarem poluição visual, podem atrair vetores de doenças perigosas, a exemplo do Aedes Aegypti. Assim sendo, para findar esse contratempo, as prefeituras de cada cidade poderiam contratar agentes em bairros, para eles punirem, com multas de cem a mil reais, o morador que possuir práticas poluidoras do ambiente.   O controle de detritos no Brasil é, portanto, um grande impasse. Para resolver isso, cabe aos municípios, até 2020, extinguirem seus lixões. À vista disso, o dinheiro arrecadado pelos agentes de bairros pode ser usado para arcar com os custos dessa ação. Outrossim, todos os estados do país poderiam, como forma de incentivo à reutilização, oferecer subsídio às empresas que passarem a recolher e reciclar parte de seus próprios produtos já rejeitados. Por fim, a mídia e as escolas têm a tarefa de, através de jornais e aulas, conscientizar a população sobre a necessidade de descartar corretamente o lixo. Assim, criar-se-á cidadãos preocupados com a natureza. Destarte, tomadas essas condutas, o Homem, felizmente, mais bem se encaixará às características propostas por Sartre.